Temporais Causam Suspensão de Aulas em Porto Alegre e Região Metropolitana

Chuva Intensa em Porto Alegre e Região Metropolitana: Suspensão de Aulas e Impactos

Os novos alagamentos em Porto Alegre e na Região Metropolitana levaram à suspensão das aulas nesta sexta-feira (24). Os temporais, que já resultaram em 163 mortes no Rio Grande do Sul, mantêm 178.160 alunos da rede estadual sem aulas.

A suspensão abrange as redes pública e privada. Em Porto Alegre, a medida inclui as redes municipais e estaduais, além da rede privada, com o objetivo de reduzir a circulação de pessoas nas ruas.

“Faço um apelo para que as pessoas que puderem, fiquem em casa na sexta-feira. A menor circulação de carros facilita o tráfego de veículos de emergência pela cidade”, afirmou o prefeito Sebastião Melo (MDB).

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), a chuva na capital ultrapassou os 100 milímetros na quinta-feira (23), afetando novas áreas. Apesar do grande impacto, o prefeito afirmou que a prefeitura estava preparada para a chuva, embora a intensidade tenha sido excessiva.

A rede privada planeja retomar as aulas em Porto Alegre na segunda-feira (27). “A medida é válida somente para esta sexta-feira, portanto, as aulas recomeçam na próxima segunda-feira. Caso tenhamos mudanças no cenário, emitiremos novo comunicado”, afirmou o Sindicato do Ensino Privado do RS (Sinepe).

Na Região Metropolitana, as aulas da rede estadual foram suspensas em Alvorada, Cachoeirinha, Glorinha, Gravataí e Viamão. Na rede municipal, Alvorada, Cachoeirinha e Gravataí também anunciaram a suspensão das aulas.

Escolas Afetadas

A rede estadual de ensino, que atende 741,8 mil alunos em 2.340 escolas, ainda não retomou completamente suas atividades. Das 2.340 escolas, 1.880 (80%) já voltaram às aulas, atendendo 563,6 mil estudantes. No entanto, 458 escolas (20%) ainda permanecem fechadas, deixando 178,1 mil alunos sem aulas.

O governo do RS informa que 1.063 instituições foram afetadas pelos temporais e enchentes, incluindo 572 escolas danificadas, 60 servindo como abrigos, além de problemas de transporte e acesso. No total, 379,6 mil estudantes foram prejudicados.

A Secretaria Estadual da Educação (Seduc) planeja construir 50 escolas de campanha para substituir as que foram afetadas pelas cheias. “Estamos terminando esse mapeamento e já contratando as construções modulares”, disse a secretária Raquel Teixeira. As necessidades foram identificadas em municípios como Porto Alegre, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Eldorado do Sul, na Região Metropolitana; Caxias do Sul, na Serra; e Roca Sales, Lajeado e Estrela, no Vale do Taquari.

Cheias no Rio Grande do Sul

Desde 29 de abril, os temporais no Rio Grande do Sul causaram 163 mortes. Em boletim divulgado às 18h desta quinta-feira (23), a Defesa Civil informou que 64 pessoas estão desaparecidas. Além disso, o estado registra 806 feridos e mais de 640 mil pessoas fora de suas casas, incluindo aquelas em abrigos e as desalojadas que estão na casa de parentes ou amigos.

  • Mortos: 163
  • Desaparecidos: 64
  • Feridos: 806
  • Pessoas em abrigos: 65.762
  • Pessoas desalojadas: 581.643
  • Pessoas afetadas: 2.342.460
  • Pessoas resgatadas: 82.666
  • Animais resgatados: 12.440
  • Municípios afetados: 469 (de 497)

As enchentes impactaram serviços públicos e privados em todo o estado, resultando em 107 trechos de rodovias bloqueados e 176 mil pontos sem energia elétrica.

By Fred Souza

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