Sanepar recebe mais de 2 mil denúncias de desperdício de água em Curitiba e Região, em menos de um mês


Caso o índice dos reservatórios fique abaixo de 25%, existe a possibilidade de ampliação do tempo sem água; neste cenário, a população poderá ficar 48 horas sem água e 24 horas com abastecimento. Rodízio de água pode ficar mais rigoroso, segundo a Sanepar
A Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) recebeu, em menos de um mês, mais de 2 mil denúncias de desperdício de água em Curitiba e Região Metropolitana.
O “Alerta Água”, um número de WhatsApp para que os consumidores possam enviar vídeos e fotos de situações de consumo irresponsável de água, com endereço do local, foi lançado em 18 de agosto.
A maioria das denúncias que chegam pelo número (41) 99521-3022 são registradas em casas. Conforme o diretor de Comunicação e Marketing da Sanepar, Hudson José, enquanto a chuva não vem, o jeito é economizar e fiscalizar.
“A gente têm visto aquelas irregularidades que a gente mais tem batido na tecla, mas que as pessoas continuam fazendo, que é lavar calçada com mangueira, lavar o carro, sistemas que não cabem em um momento como este”, disse ele.
Confira a programação do rodízio de água até 22 de setembro
Sanepar recebe mais de 2 mil denúncias de desperdício de água em Curitiba e Região, em menos de um mês
Reprodução/TV TEM
Situação dos reservatórios
Dos quatro reservatórios, três estão com o volume abaixo de 40%, nesta quinta-feira (10). Veja abaixo.
Volume dos reservatórios em Curitiba e Região
Reprodução/RPC
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Rodízio mais rigoroso
Desde maio, o Paraná está em situação de emergência hídrica por causa da severa estiagem que vem enfrentando.
A Sanepar classifica a suspensão de abastecimento de água por letras: “A” é a suspensão pontual, por um período curto.
“Se conseguirmos melhorar o nível dos reservatórios, do sistema integrado, se ele subir para 60% nós podemos sair do sistema de rodízio atual. Mas, infelizmente, hoje, nós estamos mais próximos do ponto crítico. Se chegarmos a 25%, somos obrigados a acionar um sistema onde teremos uma firmeza ainda mais, passando para um dia de fornecimento para dois de suspensão”, comentou Hudson José.
Em março deste ano, a Sanepar implantou o rodízio classificado com a letra “B”, que são três dias com água e um dia e meio sem.
Entretanto, em agosto, por causa dos baixos volumes dos reservatórios, a companhia precisou endurecer o rodízio no abastecimento de água, passando para o rodízio “C”.
A região agora é dividida em três áreas que enfrentam ciclos de fornecimento de água de 36 horas intercalados com outras 36 horas sem abastecimento (24 horas sem água e outras 12 horas de restabelecimento do sistema).
População fica um dia e meio sem água (24 horas sem e 12 horas para recuperação) e um dia e meio com água (36 horas)
Reprodução/RPC
O próximo passo, se a situação não melhorar, é o “D”, em que a população ficará um dia com abastecimento e dois sem.
“Nós precisamos que as pessoas passem a ter uma postura de uso racional permanente. Nós precisamos economizar água para superar este período”, afirmou Hudson José.
Fatura vermelha
A população começou a receber, nesta semana, a fatura de água na cor vermelha. De acordo com a companhia, o novo modelo, que substituirá temporariamente o azul da Sanepar, faz parte de uma estratégia para alertar sobre a necessidade do uso racional da água.
Desde agosto, as contas já traziam dicas de economia de água, que podem ser acessadas pelo celular por meio de um QR Code.
Além disso, no mês passado, a companhia também lançou a campanha “Meta20”, para que a população economize 20% do consumo de água, que equivalem a 100 milímetros de chuva.
Fatura na cor vermelha alerta para uso racional da água, diz Sanepar
Reprodução/RPC
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By Fred Souza

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