Pesquisa e desenvolvimento para o futuro nas grandes cidades


Sistema Fiep fomenta ecossistema de inovação para pensar a mobilidade, a qualidade de vida e a tecnologia em cidades inteligentes Atualmente, o Brasil tem 211,8 milhões de habitantes – 0,77% a mais do que em 2019. O dado é de um levantamento feito pelo IBGE e mostra ainda a concentração de pessoas em grandes centros: somente no estado de São Paulo está 21,9% da população total do país. No Paraná, a estimativa é de que sejam mais de 11 milhões de habitantes. A dimensão dos números traz à tona questões importantes para pensar o futuro nas cidades. É preciso planejar moradia, deslocamento e antecipar os impactos econômicos e ambientais decorrentes do crescimento populacional.
É aí que a tecnologia entra como aliada. “A ciência de dados será uma das tecnologias fundamentais no desenvolvimento de cidades inteligentes. Ela permite maior transparência e racionalidade na tomada de decisões relacionadas à infraestrutura, promoção de novos empreendimentos e modelos de negócios”, explica Kleber Canuto, coordenador de Ciência de Dados e líder de iniciativas em Cidades do Sistema Fiep.
Ações para desenvolver cidades inteligentes
O trânsito flui, as informações se conectam, os serviços aos cidadãos são integrados e acessíveis. As construções prezam pelo conforto e pelo fortalecimento do entorno, as indústrias operam para aumentar a produção utilizando menos recursos e ofertando mais empregos. Parece um sonho distante, mas o Sistema Fiep já tem diversas trilhas para chegar lá. “Por meio de editais específicos de inovação, aceleração de startups e projetos de pesquisa e desenvolvimento em parceria com nossos institutos de tecnologia e inovação, podemos fomentar o desenvolvimento de produtos/processos/serviços aplicados às demandas de uma cidade inteligente, oportunizando o desenvolvimento de tecnologias nacionais para uso em nossas cidades”, destaca Kleber.
Atualmente, o Senai no Paraná atua em projetos de pesquisa e desenvolvimento nas sete diferentes dimensões de uma cidade inteligente: governança (smart governance), mobilidade urbana (smart mobility), economia (smart economy), educação (smart people), segurança (smart living), meio ambiente (smart environment) e governo (smart government).
Mobilidade
Estima-se que em 2020 a frota de veículos no Brasil chegue perto dos 50 milhões. Por isso, a mobilidade urbana é um tema que ganha cada vez mais espaço na discussão sobre cidades inteligentes. De acordo com a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), o licenciamento de veículos elétricos e híbridos aumentou 198% entre janeiro e dezembro de 2019, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Diante desse cenário, a mobilidade sustentável e inteligente demanda enormes desafios em P&D, mas também traz muitas oportunidades para as indústrias e serviços ligados ao setor automotivo.
Kleber cita alguns exemplos: “É preciso desenvolver sistemas de transportes sustentáveis, seguros e interconectados (ônibus, bicicletas e pedestres), oferecer informação útil e em tempo real aos usuários para que possam economizar recursos e, ainda, prever infraestruturas urbanas para comportar esses sistemas de transporte. Tudo isso integrado numa mesma plataforma digital, ou seja, gestores desses sistemas se utilizam da tecnologia compartilhada para proporcionar um melhor serviço, receber feedback dos seus usuários e planejarem a melhoria dos seus serviços”, diz.
Os projetos de cidades inteligentes vêm ao encontro do cenário que se desenha a partir da pandemia: novos modelos de negócios estão surgindo, modificando a maneira como a indústria entrega seu produto no mercado e, também, o próprio fluxo urbano das pessoas nas cidades. O Sistema Fiep, por meio do Senai no Paraná, tem um corpo técnico preparado para desenvolver diferentes projetos de P&D, a fim de que o setor industrial possa manter a longevidade dos negócios frente às transformações econômicas, sociais e culturais.
“Não se trata de um trabalho de curto prazo, e nem se resume a um projeto de pesquisa e desenvolvimento. Estamos preparados para assumir o protagonismo dessa transformação, articulando e desenvolvendo projetos em parceria com os principais atores do sistema de inovação (governo, indústrias e universidades), centrando sempre na melhor experiência de serviços ao cidadão”, finaliza Kleber.
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By Fred Souza

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