Pagamento instantâneo da conta permitirá religar a luz mais rápido em caso de corte, diz Aneel

Sistema Pix deve ser lançado em 16 de novembro pelo Banco Central. Aneel, que firmou parceria com o BC, aposta em redução de custo operacional com o novo sistema de pagamentos. As contas de energia poderão passar a ser pagas com o Pix, o sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central, informou nesta quinta-feira (20) a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Com o sistema, segundo a agência, o pagamento da fatura de energia será instantâneo e feito a qualquer hora e em qualquer dia da semana, o que pode acelerar a retomada do fornecimento de energia em caso de interrupção por falta de pagamento.
“Não precisa esperar 24 horas, 48 horas para o processamento bancário. Proporciona retornos mais rápidos em caso de corte de energia”, afirmou o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, durante anúncio da parceria entre a agência e o BC.
Pepitone afirmou ainda que a adoção do Pix tem potencial para reduzir os custos operacionais das distribuidoras de energia, o que pode impactar nas tarifas.
Segundo Pepitone, isso ocorrerá porque as empresas reduzirão o custo de contratação de instituições bancárias para pagamento das faturas.
O Pix deve começar a operar em 16 de novembro. Na abertura do Fórum Pix, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o lançamento não será adiado.
Banco Central divulga detalhes de novo sistema imediato de pagamentos
O que é o Pix
O Pix é um novo meio de pagamentos e transferências desenvolvido pelo BC para facilitar as transações financeiras.
Além de servir para compras e pagamento de contas, a expectativa do mercado é que o sistema seja um substituto de DOCs e TEDs, por ser gratuito e estar disponível a qualquer hora, sete dias por semana. O pagamento é registrado instantaneamente.
Centro de controle do Banco Central, em Brasília, que abriga sistema que vai operar o PIX
Como usar
Como a proposta do Pix é reduzir a complexidade de transações financeiras, a requisição de dados para enviar dinheiro também é menor. O Pix dispensa os tradicionais número de conta e agência bancária para as remessas entre pessoas, e traz as seguintes alternativas:
pela “chave de endereçamento” – um e-mail, CPF, número de telefone ou um código de números e letras aleatório chamado EVP;
por um link gerado pelo celular;
por leitura de QR Code.
A transação pode ser completada sem custo entre diferentes bancos ou instituições cadastradas. Os clientes podem, inclusive, ativar o Pix para diferentes contas de bancos que possua, mas é necessário usar diferentes chaves para cada conta.
Para compras no comércio, o Pix usa exatamente as mesmas formas de transferências. Por enquanto, os pagamentos dependem de internet para serem realizados.

By Fred Souza

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