Homem acusado de matar a sogra asfixiada vai a júri popular em Sarandi


De acordo com a denúncia, réu mantinha um relacionamento extraconjugal com a vítima. Crime ocorreu em outubro de 2019, no norte do Paraná. Isabel Pereira dos Santos foi encontrada morta dentro do apartamento que morava, em Sarandi.
Reprodução/RPC
A Justiça de Sarandi, no norte do Paraná, determinou que o homem acusado de matar a sogra, em outubro de 2019, vá a júri popular
Conforme a decisão, Felipe Augusto da Silva, de 26 anos, será julgado por homicídio qualificado, em razão do crime ter sido praticado contra mulher, e por furto. O julgamento foi marcado para 28 de abril de 2021.
Silva está preso há dez meses e é acusado de matar Isabel Pereira dos Santos, que tinha 46 anos na época do crime. Conforme a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), ele mantinha um relacionamento extraconjugal com a sogra.
O crime aconteceu na madrugada de 1° de outubro de 2019, em um condomínio residencial em Sarandi. Segundo a denúncia, Felipe da Silva foi até a casa da sogra na noite anterior, manteve relações sexuais com ela e na madrugada os dois discutiram. Na briga, o homem asfixiou a vítima.
O corpo da vítima, que morava sozinha, foi encontrado no dia 4 de outubro, após colegas estranharem que ela faltou vários dias de trabalho.
A Polícia Civil descobriu o envolvimento de Felipe no caso após análise de câmeras de vigilância do prédio, que mostraram ele entrando e saindo do imóvel.
Após cometer o crime, Silva furtou o celular da vítima para chamar um carro de aplicativo e deixar a cena do crime.
Depois de matar a sogra, o acusado fugiu para Paranavaí, no noroeste do estado, onde foi preso em 29 de outubro.
Suspeito de matar sogra em Sarandi é preso em Paranavaí
Rildo Herrera/RPC
Audiência de instrução
No interrogatório prestado à juíza Vanyelza Mesquita Bueno, da Vara Criminal de Sarandi, Felipe da Silva confessou o crime e contou que estava sob efeito de drogas no momento que asfixiou Isabel.
Ouvida na condição de informante no processo, a companheira de Felipe, e filha da vítima, disse à justiça que perdoou o companheiro, afirmou que todos os indivíduos são passíveis de erro, e, portanto, não poderia julgá-lo por suas ações. Também disse que ainda mantém um relacionamento amoroso com ele.
Para a juíza do caso, “o crime foi cometido por razões da condição de sexo feminino, pois envolveu violência doméstica e familiar, uma vez que o denunciado Felipe e a vítima Isabel eram genro e sogra, e mantinham um relacionamento amoroso em segredo”.
Ainda de acordo com a juíza, o fato de o acusado sugerir que se encontrava sob o efeito de bebida alcoólica e entorpecentes não o isenta da responsabilidade penal, uma vez que ele fez o uso dessas substâncias de forma voluntária.
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By Fred Souza

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