Coronavírus: Estudantes de Medicina da UFPR criam projeto para ajudar a combater fake news entre idosos

Grupo atendeu mais de 375 idosos, em 12 cidades; estudo da Fiocruz mostra que 7 a cada 10 informações falsas sobre a pandemia circulam pelo celular. Projeto ajuda a combater fake news entre idosos
Estudantes de Medicina da Universidade Federal do Paraná (UFPR) criaram um projeto para descobrir o que é verdade e o que é informação falsa sobre o novo coronavírus.
De acordo com as alunas de Curitiba, Andressa de Souza e Loyse Bohn, os idosos são mais vulneráveis a receber notícias inverídicas, que geram a desinformação.
“Muitas vezes eles recebem a informação só que eles não têm com quem tirar a dúvida sobre aquilo. A gente conseguiu fazer através de algumas cartilhas, imagens, além de áudios sempre com uma linguagem bem tranquila para que eles conseguissem entender plenamente”, disse Loyse.
Estudantes de Medicina da UFPR criam projeto para ajudar a combater fake news entre idosos
Reprodução/RPC
O projeto possui mais de 100 estudantes de Medicina da região Sul. Desde março, quando as aulas nas faculdades foram suspensas, o grupo atendeu mais de 375 idosos, em 12 cidades.
Entre eles, está a Maria de Lourdes Lisboa, que, antes de compartilhar qualquer informação, aprendeu o que é preciso fazer.
“Você tem que checar primeiro para ter certeza se é verdade ou não”, afirmou a aposentada.
Perigo na palma da mão
Um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que sete a cada 10 informações falsas sobre a pandemia circulam pelo celular.
O perigo para a saúde começa quando essas informações, que podem se espalhar até 100 vezes mais rápido que as notícias verdadeiras, saem do virtual e interferem na vida fora da internet.
A pesquisadora Michelle Massuchin explica que o que coloca os idosos no alvo das fake news é a confiança em quem envia as informações.
“Normalmente quem repassa essas informações para os idosos são pessoas próximas, são amigos, familiares. Para eles é como se essas pessoas jamais fossem repassar uma notícia falsa ou uma informação que não fosse verídica”, explicou ela.
Idosos são mais vulneráveis a receber notícias falsas
Reprodução/Globo
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