Brasil tem 4 beneficiários do Auxílio Emergencial para cada 10 trabalhadores formais


No total, são 151 milhões de empregos com carteira assinada para 65,6 milhões de pessoas recebendo o auxílio entre abril e julho. Levantamento feito pelo G1 mostra que o número de beneficiários do Auxílio Emergencial corresponde a 43,4% do número de trabalhadores com carteira assinada – são mais de 4 trabalhadores recebendo o benefício para cada 10 trabalhadores formais. No total, são 151 milhões de empregos com carteira assinada, e 65,6 milhões de pessoas recebendo o auxílio.
O período analisado é de abril a julho, e inclui dados do Portal da Transparência do governo federal sobre o Auxílio Emergencial, além do estoque total de vagas criadas do Caged, que reúne as estatísticas dos empregos com carteira assinada no país.
Em cinco estados, o número de pessoas recebendo Auxílio Emergencial é maior que o estoque de vagas com carteira assinada: Amapá, Maranhão, Pará, Piauí e Roraima.
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O Maranhão é o estado com a maior diferença de beneficiários em comparação com os empregos formais: 760 mil. Lá, enquanto 2,7 milhões receberam o Auxílio, o estoque de empregos era de 1,9 milhões. Em seguida vem o Pará, onde 3,3 milhões receberam o Auxílio e 2,9 milhões detinham empregos formais – diferença de quase 336 mil. O estado do Acre ficou com uma diferença de apenas 238: 320.137 empregos para 319.889 beneficiários do Auxílio. Veja abaixo:
Beneficiários do Auxílio e estoque de vagas formais
Economia/G1
Na outra direção, a maior diferença entre o estoque de empregos e o número de beneficiários do Auxílio está em São Paulo: 34,8 milhões (são 47 milhões de vagas e 12,2 milhões de beneficiários do Auxílio), seguido de Minas Gerais: 9,7 milhões – 15,9 milhões de vagas e 6,2 milhões incluídos no Auxílio.
Por regiões, as menores diferenças entre quem recebe Auxílio e quem tem carteira assinada estão no Norte e Nordeste. Já no Sul a proporção é de quase 4 pessoas com carteira assinada para cada beneficiário do Auxílio, e no Sudeste a proporção fica em pouco mais de 3. Veja abaixo:
Beneficiários do Auxílio e vagas formais nas cinco regiões do país
Economia/G1
Dados de julho
Levando em conta apenas o mês de julho, o número de beneficiários auxílio emergencial superou o estoque de empregos formais em 25 estados, com exceção do Distrito Federal e Santa Catarina. Nesse caso, o número de vagas formais corresponde a 57,5% do total de beneficiários do Auxílio Emergencial no período: eram 37,7 milhões de vagas formais, e 65,6 milhões de beneficiários do Auxílio.
Considerando a população ocupada medida pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que em junho estava em 83,3 milhões, o número de beneficiários do Auxílio equivale a 78,7%.
O IBGE considera para a pesquisa as pessoas com alguma ocupação no mercado de trabalho, seja ou sem com carteira assinada, informais, domésticos, empregadores e trabalhadores por conta própria.
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Sem calendário para novas parcelas do Auxílio
O calendário de pagamento do Auxílio Emergencial segue até a quinta parcela de R$ 600 para os trabalhadores aprovados. No entanto, o chamado auxílio emergencial residual, que são mais quatro parcelas de R$ 300, segue sem calendário definido, quase 20 dias após a publicação da Medida Provisória que prorrogou o pagamento por mais quatro meses. Apenas os beneficiários do Bolsa Família começaram a receber o chamado auxílio residual na última quinta-feira (17).
As parcelas de R$ 300 só serão pagas aos trabalhadores aprovados para receber o Auxílio Emergencial de R$ 600. Portanto, não há possibilidade de novas inscrições, que se encerraram em 2 de julho.
De acordo com o Ministério da Cidadania, serão pagas mais quatro parcelas de R$ 300 até o final do ano. Mas apenas os trabalhadores que receberam em abril a primeira parcela do benefício original, de R$ 600, terão direito a todas as quatro parcelas – que seriam em setembro, outubro, novembro e dezembro.
No entanto, a quase uma semana de terminar o mês e sem definição das datas de pagamento, até esses trabalhadores correm o risco de ficar sem receber as quatro parcelas. Isso porque o auxílio emergencial residual de R$ 300 será pago só até 31 de dezembro, independentemente do número de parcelas recebidas pelo beneficiário.
Pelas novas regras, os trabalhadores vão receber uma parcela de R$ 300 a cada mês, até dezembro, depois que terminarem de receber as parcelas de R$ 600.
Quem passou a receber a partir de julho, por exemplo, terá direito às cinco parcelas de R$ 600 e a mais uma parcela do novo benefício, que será paga no mês de dezembro.
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By Fred Souza

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