Bolsonaro defende privatizações e diz que responsabilidade fiscal e teto de gastos são o ‘norte’

Setores políticos têm feito pressão para que regra do teto seja alterada. Presidente também publicou foto com ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio Freitas (Infraestrutura). O presidente Jair Bolsonaro publicou uma mensagem nesta quarta-feira (12) em uma rede social na qual defendeu as privatizações e afirmou que a responsabilidade fiscal e o teto de gastos são o “norte” do governo.
Na mensagem, também foi publicada uma foto de Bolsonaro com os ministros Paulo Guedes (Economia) e Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura).
A emenda constitucional do teto de gastos foi promulgada em 2016, vale por 20 anos e prevê que os gastos da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) não podem crescer acima da inflação do ano anterior.
Conforme o colunista do G1 e da GloboNews Valdo Cruz, setores políticos do governo e do Congresso Nacional têm defendido modificar a regra. Ainda segundo o Blog do Valdo Cruz, assessores de Bolsonaro avaliam que Guedes pode deixar o cargo se o governo decidir furar o teto de gastos.
“O Estado está inchado e deve se desfazer de suas empresas deficitárias, bem como daquelas que podem ser melhor administradas pela iniciativa privada”, publicou Bolsonaro.
“No mais, num orçamento cada vez mais curto é normal os ministros buscarem recursos para obras essenciais. Contudo, nosso norte continua sendo a responsabilidade fiscal e o teto de gastos”, acrescentou o presidente, em outro trecho da mensagem.
Mais cedo, nesta quarta-feira, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que a situação fiscal do Brasil é “péssima” e que o teto de gastos é a “âncora fiscal” do país.
Guedes anuncia pedidos de demissão de dois secretários do Ministério da Economia
Saída de funcionários
Sem mencionar um caso específico, Bolsonaro também afirmou nesta quarta-feira que é “normal” alguém querer sair do governo para algo “que melhor atenda suas justas ambições pessoais”.
Nesta terça (11), o ministro Paulo Guedes disse que houve uma “debandada” no Ministério da Economia com a saída de mais dois secretários (sete integrantes da equipe econômica já deixaram os cargos).
“Em todo o governo, pelo elevado nível de competência de seus quadros, é normal a saída de alguns para algo que melhor atenda suas justas ambições pessoais. Todos os que nos deixam, voluntariamente, vão para uma outra atividade muito melhor”, publicou Bolsonaro nesta quarta.

By Fred Souza

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