O vereador Maikon Costa, do PL, enfrentou uma noite de reviravoltas na Câmara de Florianópolis, culminando na cassação de seu mandato. A decisão, apoiada por 17 votos a favor e 4 contrários, foi baseada em uma denúncia do suplente Sargento Matos, também do PL, que acusou Maikon de obstruir sua atuação legislativa durante os 30 dias em que esteve licenciado.
Maikon, que se posicionava como oposição ao prefeito Topázio Neto, do PSD, acredita que sua postura política foi determinante para a decisão dos vereadores, que compõem a maioria na base governista.
Em seu último discurso na tribuna da Câmara, Maikon expressou sua indignação, argumentando que sua cassação foi resultado do excesso de sua fala e opinião. Ele alertou os colegas sobre a mensagem que estavam enviando à sociedade, sugerindo que estavam eliminando vozes dissidentes.
Após a sessão, a advogada de Maikon, Julia Vergara, anunciou que irá analisar a possibilidade de recorrer da decisão junto ao Poder Judiciário. Ela destacou que houve elementos extra processuais que influenciaram na cassação e criticou a restrição ao direito de ampla defesa durante o interrogatório.
Encerrada a votação, Maikon expressou sua gratidão à advogada pelo seu trabalho e, em seguida, dirigiu-se aos seus apoiadores, onde abraçou sua mãe em um momento de emoção. A cassação do mandato de Maikon marca um capítulo conturbado na política local, deixando uma série de questionamentos sobre os limites da atuação parlamentar e o respeito aos direitos individuais.
