PGR define regra de transição para procuradores que queiram deixar forças-tarefa

Desligamento terá de ser comunicado com antecedência, e procurador terá de entregar relatório. Nas últimas semanas, houve baixas nas forças-tarefa da Lava Jato em Curitiba e São Paulo. A Procuradoria-Geral da República fixou regras de transição para que integrantes de forças-tarefa se desliguem dos grupos de trabalho. A portaria assinada pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, estabelece que o procurador terá que solicitar o desligamento com antecedência mínima de 30 dias.
O texto também define que o procurador terá que entregar um relatório com o acervo total da força-tarefa e das metas em curso. Essa medida, segundo o documento, permitirá avaliar a necessidade de recomposição da equipe e programar ações de continuidade, evitando prejuízo aos trabalhos.
Na última semana, PGR prorrogou Força-Tarefa da Lava Jato no Paraná até janeiro; equipe queria um ano de prazo extra
A nova regra foi definida na esteira da saída do coordenador da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol, e do pedido de demissão coletiva dos procuradores da Lava Jato de São Paulo.
Deltan deixou o cargo por questões pessoais. O procurador disse que a filha, de 1 ano e 10 meses, apresentou sinais de regressão no desenvolvimento e que, por isso, precisaria dedicar mais tempo a ela.
“Depois de anos de dedicação intensa à Lava Jato, eu acredito que agora é hora de me dedicar de modo especial pra minha família”, afirmou Deltan.
Na Lava Jato de SP, sete procuradores pediram para serem desligados dos trabalhos e argumentaram “incompatibilidades insolúveis com a atuação da procuradora natural dos feitos da referida força-tarefa, Dra. Viviane de Oliveira Martinez”
Viviane é a procuradora natural, ou seja, a integrante designada automaticamente para cuidar dos processos. Ela assumiu as atividades do grupo de trabalho em São Paulo em março deste ano.

By Fred Souza

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