Para aliados, postura pragmática de Bolsonaro reduziu rejeição, e auxílio melhorou aprovação

Integrantes do governo avaliam que a melhora significativa na aprovação do presidente Jair Bolsonaro é resultado de dois fatores: a chamada fase “Jairzinho paz e amor”, em que abandonou declarações mais polêmicas e agressivas; e a distribuição em massa do auxílio emergencial, o que já começa a ter resultado principalmente na região Nordeste do país.
A pesquisa Datafolha publicada nesta quinta-feira (13) mostrou os seguintes resultados:
a avaliação “ruim/péssimo” caiu de 44% em junho para 34%;
o índice “ótimo/bom” passou de 32% para 37%, o melhor desde o início do mandato;
o índice “regular” foi de 23% para 27%.
Nas palavras de um interlocutor próximo do presidente, mesmo com o país tendo superado a marca das 100 mil mortes pela Covid-19, o novo comportamento do presidente nesses últimos dois meses, numa postura mais contida, fez com que a elevada rejeição dos primeiros meses da pandemia começasse a ceder.
No Congresso Nacional, aliados atribuem a nova fase do presidente ao pragmatismo político para se blindar do caso Queiroz. A avaliação é que o presidente deu uma guinada no comportamento depois que foi para a defensiva com a prisão do ex-assessor Fabrício Queiroz num imóvel do advogado da família Bolsonaro.
“O medo do impeachment pesou mais forte. O presidente Bolsonaro passou a negociar com vários partidos para formar uma nova base e parou de atacar o Supremo Tribunal Federal”, disse ao Blog um líder do bloco conhecido como “Centrão”.
Por outro lado, a percepção é que o aumento da popularidade, principalmente nos grotões, fará com que haja uma pressão ainda maior pelo aumento de gastos com obras e na criação do programa Renda Brasil com o término do auxílio emergencial de R$ 600 para população de menor renda, informais e desempregados.
Datafolha: Bolsonaro tem melhor avaliação desde o começo do mandato

By Fred Souza

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