Operação prende grupo suspeito de participar de dois assassinatos em boate em Porto Alegre


Crimes envolveram facções rivais, segundo a Polícia Civil. Mortes, no entanto, aconteceram após briga de trânsito, que acirrou a rivalidade. Seis pessoas tiveram mandados de prisão cumpridos. Prisões aconteceram em cidades da Região Metropolitana de Porto Alegre
Divulgação/Polícia Civil
A Polícia Civil cumpriu seis mandados de prisão nesta segunda-feira (9), na Operação Conexão 2018, nas cidades de Alvorada, Cachoeirinha e Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Dos seis, três suspeitos já estavam no sistema carcerário, e três foram localizados e presos.
Outros três não foram encontrados e são procurados pela polícia.
Eles estão suspeitos de terem envolvimento na execução de duas pessoas, membros de um grupo criminoso rival, ocorrida em abril de 2018, na saída de uma boate, na Capital. Outras quatro pessoas ficaram feridas no ataque.
A investigação mostrou que, além da disputa de territórios em função do tráfico, uma briga de trânsito acirrou a rivalidade entre os grupos. Segundo a delegada Roberta Bertoldo, sem que soubessem que eram de facções diferentes, um membro do grupo cortou a frente do outro, e ao descerem, discutiram e mencionaram as palavras que identificam as facções.
Foi um fato “sem relevância”, mas acabou sendo o estopim para os ataque na boate. “Já havia sido tentado um atentado destes alguns dias antes, mas as vítimas não foram à boate”, explica a delegada.
Entre os presos está o gerente do estabelecimento, próximo à Igreja Nossa Senhora dos Navegantes. Segundo a delegada, ele monitorava a presença das vítimas na boate, e avisava ao grupo rival.
Além dos assassinatos, o grupo é investigado pelo Departamento Estadual de Investigação Criminal (Deic) por um roubo a uma empresa de segurança, em Porto Alegre, também em 2018.
Durante a operação, a polícia apreendeu R$ 28 mil, drogas, anotações da contabilidade do tráfico, relógios e um veículo, além de uma dupla de saguis mantidos em cativeiro, que foram resgatados e encaminhados ao Ibama.
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By Ulisses Oliveira

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