MPF prorroga investigações sobre suspeita de vazamento da operação Furna da Onça

Procurador apontou ‘nítida contradição entre depoimentos’ e necessidade de fazer diligências. Inquérito apura suspeita de vazamento de operação a aliados de Flavio Bolsonaro. O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro prorrogou por 90 dias as investigações sobre a suspeita de vazamento da operação Furna da Onça, da Polícia Federal , que apontou movimentações financeiras suspeitas de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
O despacho, ao qual a TV Globo teve acesso, é assinado pelo procurador responsável pelo caso, Eduardo Benones.
Com isso, o inquérito vai durar até 17 novembro. Para justificar a extensão de prazo, o procurador considerou que “não foram esgotadas as diligências possíveis e necessárias a elucidação dos fatos sob investigação neste procedimento criminal” e também “a necessidade de proceder ao confronto de oitivas já realizadas por nítida contradição entre depoimentos”.
Entre os depoimentos considerados contraditórios estão o do empresário Paulo Marinho e o do senador Flávio Bolsonaro.
Como o Jornal Nacional revelou, Paulo Marinho – que também é suplente do senador – afirmou que o vazamento envolveu três pessoas ligadas ao senador Flávio Bolsonaro que se encontraram na porta da PF para receber as informações antecipadas da operação de um delegado da Polícia Federal.
Paulo Marinho disse que ficou sabendo de tudo isso pelo amigo de Flavio, Victor Granado.
Já em outro depoimento revelado pelo Jornal Nacional , o senador disse que Marinho se confundiu.
“Ele, certamente, ouviu uma coisa e entendeu errado”, declarou Flávio Bolsonaro. Ao ser questionado sobre a versão de Paulo Marinho, também disse: “Nunca ouvi de reunião que aconteceu na porta da Polícia Federal para isso”.

By Fred Souza

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