Índice global de preços de alimentos sobe pelo 3º mês seguido, diz FAO


Indicador registrou alta 7% na comparação anual. Cereais, óleos vegetais e açúcar lideram as altas. Açúcar bruto: alimento faz parte do índice calculado pela FAO
REUTERS/Peter Nicholls
O preço global dos alimentos subiu pelo terceiro mês em agosto, impulsionado por cereais, óleos vegetais e açúcar, disse a agência das Nações Unidas para alimentação nesta quinta-feira (3).
O índice de preços da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que mede variações mensais em uma cesta de cereais, oleaginosas, laticínios, carne e açúcar, atingiu uma média de 96,1 pontos mês passado, ante 94,3 em julho.
O indicador aumentou 1,9% ante o mês anterior, mas teve uma alta de 7% na comparação anual.
A FAO, sediada em Roma, também disse em comunicado que a colheita global de cereais segue caminhando para um recorde anual em 2020.
Produtos do agro brasileiro registram preços recordes
A FAO revisou para baixo sua estimativa para a safra de cereais de 2020 em 25 milhões de toneladas, principalmente devido às expectativas de queda na produção de milho dos Estados Unidos.
Porém, apesar da redução, a agência ainda espera uma colheita recorde este ano, de cerca de 2,765 bilhões de toneladas, alta de 3% ante os níveis de 2019.
“Colheitas recordes de milho são esperadas na Argentina e no Brasil, enquanto a produção global de sorgo deve crescer em 6% em relação ao ano anterior. A produção mundial de arroz 2020 também deve atingir um novo recorde de 509 milhões de toneladas”, disse a FAO.
A previsão para o consumo de cereais em 2020/21 atingiu 2,746 bilhões de toneladas, uma alta de 2% versus 2019/20.
A estimativa para estoques de cereal globais no fim da temporada em 2021 é de 895,5 milhões de toneladas, uma queda de 33,4 milhões de toneladas desde julho.
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By Fred Souza

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