‘Estar ao lado dele é motivo de muito orgulho’, diz maquinista que decidiu seguir a mesma profissão do pai no Paraná


Gilson Alves Rodrigues Junior, de 40 anos, fala sobre o encantamento pela profissão do pai desde criança. Junior (à esquerda), e o pai, Gilson, à direita, comemoram o fato de terem a mesma profissão
Arquivo pessoal
A escolha pela profissão nem sempre é uma situação muito fácil. Que dirá, então, colocá-la em prática. Não para o Gilson Alves Rodrigues Junior, de 40 anos, que teve a sorte de começar a atuar como maquinista, profissão que sempre sonhou, com a ajuda do pai, Gilson Alves Rodrigues, de 67 anos e que tem mais de 40 anos de experiência no ramo.
Mais ainda do que aprender com o próprio pai, Júnior ainda teve a sorte de ser colega de trabalho dele por 13 anos e dividir a paixão por andar sobre trilhos. Atualmente, o pai está afastado das funções e cumpre isolamento social por fazer parte do grupo de risco do coronavírus.
“Estar ao lado dele é motivo de muito orgulho”, destacou o filho.
O pai também morre de orgulho ao falar da profissão de maquinista e disse que, se pudesse voltar no tempo, jamais escolheria outra coisa para fazer na vida.
Os dois trabalham na companhia ferroviária Rumo e, nesse domingo (9), Dia dos Pais, só não vão comemorar juntos por causa das regras de distanciamento por causa da Covid-19.
“Estou com muita saudade dele e dos meus outros filhos também. Vou sentir falta desse encontro, mas é uma questão de saúde”, destacou Rodrigues.
Gilson lembrou que ficou emocionado quando soube que seria o instrutor do filho na condução das viagens de descida e subida da Serra do Mar.
“Eu já sabia, mas fiquei mais orgulhoso ainda em ver de perto a dedicação dele, o empenho, e vi que ele realmente estava muito interessado e obediente às regras e às normas para a realização do trabalho”, contou.
Junior disse que desde pequeno já era apaixonado pelo que o meu pai fazia. “Eu esperava ele chegar em casa para me contar as histórias do trabalho. E, desde que entrei na ferrovia, sempre quis me tornar maquinista”, contou.
O pai disse que assim que percebeu o interesse do filho por trens, logo imaginou que ele seguiria a mesma carreira.
O profissionalismo
Junior decidiu seguir a carreira do pai como maquinista de trem
Arquivo pessoal
E foi exatamente isso que aconteceu. Junior lembrou de quando começou os treinamentos com o pai, em 2013, e afirmou que o período foi incrível.
“Nós passamos frio, calor, fizemos muita hora extra. Foi assim que eu aprendi sobre cada ponto da Serra do Mar. E eu sempre tratei ele com profissionalismo, mas nunca deixei de chamar de pai ao mesmo tempo”, contou.
Junior disse ainda que nesse período, os dois moravam em cidades vizinhas e que o trabalho ajudou para que os dois tivessem uma aproximação maior, já que não moravam mais juntos.
E, segundo ele, mesmo depois do período em que passaram a trabalhar separados, como fazem parte da mesma empresa, os dois sempre davam um jeitinho de se aproximar.
“Nós sempre nos víamos nos trechos, nos comunicávamos por rádio e nos encontrávamos nas estações quando batiam os horários. E, claro, sempre rolava aquele abraço apertado cheio de carinho”, lembrou.
Seguindo a vida sem descarrilhar
Junior contou, cheio de orgulho, que o que ele aprendeu de mais importante com o pai até agora é sobre ter responsabilidade.
“E o que eu mais aprendi com ele é sobre ter responsabilidade no trabalho e, sempre, seguindo o trilho da vida sem descarrilhar”, destacou o filho.
Para o pai, todo orgulhoso ao falar do filho, o encantamento desde criança pelo assunto fez com que Junior se tornasse um grande profissional.
Gilson disse que não imagina que o filho seria tão feliz se tivesse escolhido outra profissão. “Ele sempre demonstrou vontade. A profissão de maquinista para ele sempre foi encantadora”, disse.
Para o pai, se tivesse que dar uma nota para o filho como maquinista, não teria dúvidas em dar a nota máxima. “Não é porque é meu filho, não. Ele, verdadeiramente, é um maquinista muito dedicado”, comemorou o pai.
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By Fred Souza

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