Bolsonaro deve dizer a deputados que checará viabilidade de nova parcela de R$ 600 do auxílio emergencial

Nesta quarta-feira (19) o presidente da República recebe parlamentares para um almoço no Palácio do Planalto. Encontro do presidente com deputados para tratar retomada econômica terá cardápio mineiro
Em almoço nesta quarta-feira (19) no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro deve dizer a deputados federais que vai checar se há espaço no orçamento para prorrogar o auxílio emergencial com o pagamento de mais uma parcela de R$ 600.
Segundo aliados do governo, Bolsonaro sinalizará que vai verificar a viabilidade com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas sem assumir qualquer compromisso com a prorrogação.
O almoço informal de deputados e ministros com Bolsonaro é organizado pelo deputado Fábio Ramalho (MDB-MG). Segundo o parlamentar mineiro, será um momento para falar de temas como o auxílio emergencial e a necessidade de aumentar os investimentos públicos em 2021 para garantir a recuperação da economia.
O deputado disse que vai buscar mostrar ao presidente a importância de aumentar os investimentos públicos no próximo ano para recuperar a economia brasileira. “O momento não é de cortar investimentos públicos, mas de aumentar”, afirmou o parlamentar mineiro.
O cardápio foi organizado pelo próprio deputado, que deve, inclusive, preparar os pratos a ser servidos no Planalto. A lista inclui: feijoada, feijão tropeiro, carne de sol, linguiça, leitoa, doces mineiros e sorvete de queijo. Ramalho costuma organizar almoços e jantares também na Câmara dos Deputados em votações importantes da Casa.
Segundo aliados, Bolsonaro ainda não definiu o formato da prorrogação do auxílio emergencial neste ano.
Mas, líderes de sua base aliada pediram para que o valor da sexta parcela do benefício seja mantida em R$ 600. Diante do pedido, o presidente deve dizer aos parlamentares ser preciso checar se é viável manter esse valor. Inicialmente, Bolsonaro avaliava não ser possível.
Porém, de acordo com interlocutores, o presidente pedirá que Guedes avalie se é possível, por exemplo, remanejar verbas do “Orçamento de Guerra” para bancar a prorrogação do auxílio emergencial.
O benefício faz parte das medidas de combate aos efeitos da pandemia do coronavírus no Brasil.
Segundo técnicos da área econômica, hoje o governo já sabe de onde tirar recursos para bancar a prorrogação do auxílio emergencial até o final do ano num valor de R$ 250, podendo chegar a R$ 300.
No Congresso, líderes defendem mais uma parcela de R$ 600 de forma a preparar as pessoas que estão dependendo do benefício para uma redução nos meses seguintes, até o final do ano.
A prorrogação do auxílio emergencial também foi tema do café da manhã desta quarta entre Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, no Palácio da Alvorada. Na reunião, Maia se comprometeu a votar a favor do valor que o governo considerar sustentável.

By Fred Souza

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