Alemanha estende medidas de estímulo à economia

Programa de subsídios ao trabalho, que acabaria em março de 2021, foi prorrogado até o fim do ano; também foram estendidos os prazos de medidas que visam evitar novas falências. Os partidos da coalizão que governa a Alemanha chegaram a um acordo no fim da noite de terça-feira (25) para estender medidas de estímulo à economia implementadas para enfrentar a pandemia de covid-19.
Com o acordo, a Alemanha prorrogará o programa de subsídios ao trabalho de curta duração, conhecido como Kurzarbeit, até o fim de 2021. Inicialmente, o prazo para que a medida expirasse era março do próximo ano.
O programa foi uma das principais ferramentas usadas pelo governo de Angela Merkel para enfrentar a crise e evitar demissões em massa. Em julho, 5,6 milhões de trabalhadores foram beneficiados com o Kurzarbeit, ante 7 milhões em maio, segundo o Instituto Ifo.
Também foram estendidos os prazos de medidas que visam evitar novas falências. Agora, empresas que enfrentam graves problemas financeiros poderão adiar os pedidos de insolvência também até o fim de 2021.
Desde o início da crise, a Alemanha aprovou uma série de pacotes para minimizar os impactos da covid-19.
O plano inicial de mais de 750 bilhões de euros apresentado em março foi reforçado em junho com um novo pacote de mais 130 bilhões de euros, que incluía resgates financeiros à indústria, corte de impostos, repasses adicionais às cidades que tiveram um grande número de desempregados e um reforço em um benefício pago às famílias alemãs.
A economia alemã contraiu um recorde de 9,7% no segundo trimestre sobre os três meses anteriores. As perdas econômicas foram muito mais fortes do que durante a crise financeira há mais de uma década, e representam a queda mais forte desde que a Alemanha iniciou os cálculos do PIB trimestral em 1970.
Alemanha registra queda de 9,7% no PIB no segundo trimestre

By Fred Souza

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