Iluminação indireta, painéis de madeira ripada, vegetação integrada e mobiliário curvo criam atmosfera de acolhimento e sofisticação em um ambiente contemporâneo
Combinando funcionalidade e estética com um olhar apurado para a experiência do usuário, o Botê, espaço de beleza em Curitiba, chama atenção desde o primeiro olhar. Sua arquitetura externa, inspirada nas formas de um castelo contemporâneo, já antecipa a proposta de encantamento e exclusividade. Com volumes marcantes e uma composição que evoca solidez e delicadeza ao mesmo tempo, a fachada convida à imersão em um universo onde beleza e bem-estar caminham juntos.
Desenhado a partir de linhas fluidas e materiais naturais, o ambiente aposta em uma paleta de tons terrosos e texturas orgânicas. Um dos destaques do projeto é o uso contínuo de painéis ripados em madeira clara, que envolvem o espaço e trazem ritmo visual às paredes, funcionando ao mesmo tempo como elementos decorativos e estruturais. As divisórias em madeira criam transições suaves entre os ambientes, equilibrando privacidade e fluidez.
A iluminação foi pensada para criar conforto visual e valorização dos materiais. Luminárias em vidro leitoso e luz quente indireta conferem suavidade ao ambiente, enquanto pendentes sobre bancadas funcionam como pontos de foco que não interferem na sensação de aconchego. A luz natural também tem papel fundamental: entra filtrada por grandes aberturas e se projeta sobre as superfícies de pedra clara e mobiliário em curvas contínuas.
Assinado pela arquiteta Emily Trapp, o projeto foi desenvolvido a partir de uma escuta cuidadosa das fundadoras, com o objetivo de criar um espaço que fosse ao mesmo tempo funcional, sofisticado e emocionalmente acolhedor. As escolhas de materiais e a configuração dos ambientes traduzem esse desejo em cada detalhe, da marcenaria sob medida aos volumes orgânicos que convidam à permanência.
“Desde o início, nossa intenção era construir um espaço que transmitisse acolhimento e sofisticação, mas de forma discreta, sem exageros. Um lugar onde as pessoas se sintam bem, à vontade, cuidadas”, explica Simone Camargo, uma das fundadoras.
A vegetação pontual reforça a presença da natureza no espaço. Plantas tropicais aparecem estrategicamente posicionadas entre os elementos arquitetônicos, criando contrastes de textura e trazendo frescor ao projeto. Em alguns pontos, o verde invade visualmente o ambiente por meio de vãos e aberturas que integram o interior ao jardim externo.
O mobiliário, de traços orgânicos e acabamentos suaves, contribui para a atmosfera de conforto e elegância. Espelhos ovais, assentos em tecido cru, tampos em mármore e estruturas metálicas em dourado fosco aparecem em uma composição equilibrada, onde nada se sobrepõe — tudo dialoga.
“O projeto é uma extensão da nossa proposta de experiência. Ele foi pensado nos detalhes, desde a altura das bancadas até a disposição dos espelhos. A arquitetura não está só no visual, está em como as pessoas se sentem dentro do espaço”, completa Caroline Gaspar, sócia do espaço.
Combinando elementos de design biofílico, iluminação cênica e materialidade tátil, o projeto se destaca por traduzir sensibilidade e funcionalidade em cada detalhe — criando não apenas um ambiente de beleza, mas um lugar de permanência e bem-estar.
Letícia Santos 4199776-7130 [email protected]
