Dólar volta a superar R$ 5,60, mesmo após decisão da Câmara sobre veto presidencial


Na quinta-feira, moeda norte-americana fechou em alta de 0,43%, a R$ 5,5522. Notas de dólar
REUTERS/Dado Ruvic
O dólar opera novamente em alta nesta nesta sexta-feira (21), mesmo após Câmara reverter votação do Senado e manter o veto do presidente Jair Bolsonaro à concessão de reajustes salariais a servidores públicos, e tendo como pano de fundo renovadas preocupações sobre o ritmo de recuperação da economia global.
Às 9h27, a moeda norte-americana 0,90%, a R$ 5,6022. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,6102. Veja mais cotações.
Na quinta-feira, o dólar disparou em meio às preocupações sobre a trajetória dos gastos públicos e fechou em alta de 0,43%, a R$ 5,5522. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,6730. Na parcial da semana, passou a acumular avanço de 2,26%. No mês, já subiu 6,43%, e no ano, de 38,47%.
Neste pregão, o Banco Central realizará leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021.
Câmara mantém veto de Bolsonaro ao reajuste do salário de servidores
Cena local e externa
Na noite desta quarta-feira, a Câmara dos Deputados manteve o veto do presidente Jair Bolsonaro à concessão de reajuste a servidores públicos. A decisão, que evita um impacto superior a R$ 120 nas contas públicas, foi tomada depois que o Senado votou no dia anterior pela derrubada da proibição, em uma derrota para o governo.
O Ministério da Economia comemorou a votação, afirmando que uma derrubada do veto traria “graves consequências”. Na quarta-feira, o ministro Paulo Guedes havia dito que o Senado deu “um péssimo sinal” e classificou a decisão como “um crime contra o país”.
Na cena externa, o viés era de maior cautela enquanto os investidores aguardavam pesquisas empresariais norte-americanas em busca de mais pistas sobre a saúde da economia e seguiam de olho nas divergências entre EUA e China sobre a Fase 1 do acordo comercial entre os dois países.
Na Europa, pesquisa PMI mostrou que a recuperação empresarial desacelerou em agosto na zona do euro, particularmente no setor de serviços, prejudicada por sinais de aumento nos casos de coronavírus em várias países.

By Fred Souza

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