Oswaldo Ferreira Filho não é especialista em jardinagem. Escultura demorou quatro anos para ficar pronta e tem chamado a atenção de quem passa pela rua. Paranaense esculpiu árvores em formato de boi em Curitiba
Arquivo pessoal
O paranaense Oswaldo Ferreira Filho, que tem 64 anos e mora em Curitiba, nem trabalha com jardinagem, mas fez uma escultura em duas plantas no jardim, na frente da casa onde mora, que está fazendo o maior sucesso no bairro Tingui.
Com uma tesoura na mão, muito trabalho e delicadeza, ele esculpiu o formato de um boi e disse que já recebeu até um apelido: “Tem até quem me chame de Edward Mãos de Tesoura”, brincou.
Segundo ele, entre uma poda e outra, o trabalho demorou cerca de 4 anos para ser concluído.
Oswaldo disse que não teve nenhum motivo específico pela escolha do boi, mas como quando era mais novo vivia em fazendas, sempre gostou desse tipo de animal. “Eu morei um tempo no Mato Grosso e me criei, praticamente, no meio das vacas, dois bois e dos cabritos”.
Árvores foram esculpidas em formato de boi em um jardim no bairro Tingui, em Curitiba
Adriana Justi/G1
Talento
Nascido na Região Metropolitana de Curitiba, em Campina Grande do Sul, Ferreira Filho trabalha atualmente como vendedor, mas conta que sempre teve dom para trabalhos manuais.
Tanto que faz questão de contar sobre os trabalhos de artesanato feitos em madeira, que também são o passatempo dele nas horas vagas. “Eu faço mesas rústicas e outros trabalhos menores, mas é mais para a minha casa mesmo”, destacou.
Super brincalhão e alto astral, Oswaldo disse que adora quando as pessoas param para tirar fotos e elogiar a obra de arte dele.
“Eu só não gosto quando não estou em casa, e a minha esposa atende as pessoas perguntando: o boi do meu marido?”, brincou.
As árvores pertenciam a um restaurante em que ele trabalhava e quase foram jogadas fora quando houve uma reforma no local. Oswaldo disse que ficou com dó e pediu para levar para casa. “Eu achei tão bonitinhas e decidi pegar para plantar no meu jardim”.
Ele contou ainda que foi montando o formato do boi aos poucos, conforme as árvores iam aumentando de tamanho.
“Nossa, e quando eu já estava quase terminando, não lembro bem em que ano, teve uma geada forte que destruiu parte da minha obra de arte. Aí tive que redobrar a paciência e esperar crescer de novo”, lembrou.
Oswaldo disse que demorou quatro anos até chegar no formato ideal do boi
Arquivo pessoal
Depois do incidente, o paranaense fez uma cobertura para proteger a escultura, mas disse que teve que tirar porque a esposa não aprovou. “Aí que chamou mais a atenção ainda. Minha mulher disse que ficou parecendo um ponto de ônibus e me fez tirar porque estava brega demais”, brincou.
Uma arquiteta contratada para fazer a reforma da casa também não deu muita abertura para a criatividade de Oswaldo. “Ela fez o projeto e no jardim, no local onde estão os bois, fez um desenho com coqueiros. Ah, eu falei na hora que dos meus bois eu não abria mão de jeito nenhum e que eu não queria saber de coqueiros”, disse.
Segundo ele, por não ser especialista no assunto, até que o boi ficou bem perfeitinho. “Nossa, e ninguém que venha falar mal dos meus bois porque eu fico muito louco. Fiz com o maior capricho e, se depender de mim, ele vai ficar aqui pra vida toda”, finalizou.
Projeto futuro
Imagem mostra o projeto de como Oswaldo pretende adptar a obra no jardim
Arquivo pessoal
Embora a escultura do boi esteja pronta, o paranaense contou que ainda pretende ampliar o projeto simulando um boi puxando uma charrete. Para isso, ele pretende fazer a ligação com a lixeira da casa e construir a charrete de madeira rústica. Veja no desenho acima.
“Depois disso, aí eu vou me sentir completo”, brincou.
Veja mais notícias no G1 Paraná.