TCU determina que governo revise, todo mês, lista de beneficiários do auxílio emergencial

Ministros dizem que é preciso excluir da base quem, por exemplo, conseguiu emprego formal no período. Auditoria do TCU aponta que pagamentos indevidos podem atingir R$ 42 bilhões. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira (26) que o Ministério da Cidadania atualize todo mês a lista de beneficiários do auxílio emergencial. A ideia é excluir do cadastro aqueles que já não têm mais direito ao benefício porque, por exemplo, conseguiram emprego formal.
“O Ministério da Cidadania precisa fazer essa atualização mês a mês para que quem está inserido no mercado formal deixe de receber”, afirmou o ministro Bruno Dantas, relator do processo que avalia o pagamento do benefício.
O processo votado nesta quarta-feira apontou que pode chegar a R$ 42 bilhões o total de pagamentos indevidos do auxílio emergencial criado pelo governo em razão da crise do coronavírus.
A cifra foi antecipada pela TV Globo e pelo G1 e fica próxima do custo mensal de todo o programa, avaliado em R$ 51 bilhões.
O cadastro do governo federal de beneficiários do auxílio emergencial reúne 66,9 milhões de pessoas, segundo o TCU. As cinco parcelas do auxílio — o governo estuda a prorrogação do pagamento até o fim do ano — têm um custo previsto de R$ 254 bilhões.

By Fred Souza

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