Suspeito de matar um homem e fazer esposa como refém deve ser indiciado por homicídio, lesão corporal e cárcere privado, diz polícia


Segundo a Polícia Civil, vigilante de banco cometeu os crimes por ciúmes da mulher. Ele está preso em Nova Esperança, no noroeste do estado. Negociação com suspeito de homicídio dura mais de 10 horas
O suspeito de matar um homem e fazer a esposa como refém em Atalaia, no norte do Paraná, está preso em Nova Esperança, no noroeste do estado, e, segundo a Polícia Civil, deve ser indiciado por homicídio qualificado, lesão corporal e cárcere privado. Para a polícia, os crimes aconteceram por ciúmes.
As ações criminosas ocorreram entre na quinta-feira (24) por, segundo a polícia, Fábio Lucredi, vigilante de um banco que tem 31 anos.
Conforme as investigações, o suspeito viu uma mensagem de um homem no celular da esposa, ficou descontrolado e obrigou a mulher a marcar um encontro. No local marcado, o vigilante atirou contra a vítima, que tinha 30 anos.
Depois, sob ameaças e agressões, manteve a esposa como refém na casa da família por mais de dez horas. Ele se entregou após negociar com militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) de Curitiba. O suspeito está preso em Nova Esperança.
Ao ser atingido pelos disparos, Paulo Ricardo Colombo, que tinha um filho e era conhecido na família como Ricardinho, não resistiu e morreu. O corpo foi velado e sepultado na manhã desta sexta-feira (25).
A defesa de Fábio Lucredi não foi localizada até a última atualização desta reportagem.
Relação de amizade
Um familiar da vítima, que preferiu não se identificar, contou à RPC que Colombo era um rapaz alegre, carinhoso e trabalhador. Ele tinha voltado a morar com a mãe adotiva após se separar.
“Todo mundo conhecia ele como Ricardinho, um menino que era só alegria. Então, para gente é bem difícil entender qual motivo disso, porque, ele nunca iria mexer com nada de errado, ele era muito honesto, muito certinho”, contou.
De acordo com a família, Paulo Ricardo Colombo foi acordado por uma mensagem de uma amiga e, ao sair pra atendê-la, foi surpreendido e levou dois tiros. Um no peito e outro nas costas.
“ Eles [a vítima e a esposa do vigilante] fizeram um curso juntos e conversavam como amigos, e era isso o que a gente sabia”, contou um familiar.
Crime por ciúmes
O delegado Vagner Mesquita, responsável pelas investigações, ouviu a esposa do suspeito do crime e, em depoimento, ela contou que discutiu com marido depois dele ler algumas mensagens.
“Segundo ela, essas mensagens não eram comprometedoras. A razão de tudo foi o ciúmes. O vigilante tinha arma em casa e ameaçou a esposa. A mulher narrou que não acreditava que o marido mataria a vítima”, disse o delegado Vagner Mesquita.
Depois de se entregar e ser preso, a Polícia Militar encontrou duas armas, um cassetete, algema, faca e um soco inglês com Lucredi. Por ser vigia de banco, o suspeito tinha posse de arma dentro de casa.
O vigia não tinha antecedentes criminais e, segundo a esposa, nunca teve comportamento agressivo.
“Ela disse que ele nunca a agrediu, que nunca teve esse tipo de comportamento. As ações ocorreram em razão de ciúmes, ela foi ameaçada”, esclareceu o delegado.
Armas apreendidas com homem em Atalaia
PM/Divulgação
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By Fred Souza

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