Senadora deixa Podemos após partido vetar apoio à reeleição de Davi Alcolumbre


Rose de Freitas ainda não informou se vai para outro partido. Senadora do ES é autora de proposta que viabiliza reeleição para presidentes da Câmara e do Senado no próximo ano. Senadora Rose de Freitas (ES) em sessão remota do Senado Federal
Marcos Oliveira/Agência Senado
A senadora Rose de Freitas (ES) anunciou, durante sessão do Senado desta quarta-feira (9), que pediu desfiliação do Podemos. A decisão foi motivada por divergências com a cúpula do partido sobre a possibilidade de reeleição de Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a presidência do Senado.
O mandato de Alcolumbre termina em fevereiro de 2021, mas o parlamentar do Amapá já articula uma reeleição para a principal cadeira do Senado.
Hoje, a Constituição prevê que a reeleição para a presidência da Câmara ou do Senado só pode ocorrer se houver mudança de legislatura – ou seja, no ano seguinte às eleições para deputado e senador. Como o mandato da presidência é de dois anos, existem duas eleições em cada legislatura.
Rose de Freitas é autora de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), apresentada na última quinta (3), que torna a reeleição possível. O texto, que ainda não foi votado, autoriza os presidentes das duas Casas a serem reeleitos dentro da legislatura.
PEC permite reeleição às presidências do Senado e da Câmara
O problema é que o Podemos, partido em que Rose de Freitas está filiada, definiu posição contrária a essa possibilidade. A legenda estuda, inclusive, indicar candidato próprio para a presidência do Senado em 2022.
Se a PEC de Rose de Freitas for aprovada, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também poderá assumir um novo mandato à frente da Casa. O parlamentar, entretanto, tem dito que não pretende disputar a reeleição.
A possibilidade de reeleição já é tema de ação no Supremo Tribunal Federal, que não tem data para ir a julgamento.

By Fred Souza

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