Programas de prevenção auxiliam indústrias a retomar atividades


Informação, treinamento e atenção às normas legais integram Programa Sesi de Prevenção e Orientação à COVID-19 Depois de vários meses de incertezas, a indústria brasileira dá os primeiros sinais de retomada durante a crise da COVID-19. Uma sondagem feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que o faturamento do setor em julho foi 1,2% maior do que em junho. As horas trabalhadas na produção aumentaram 2,6% – os novos protocolos de prevenção permitiram que muitas empresas pudessem retornar às atividades presenciais, reabrindo as fábricas. A adequação dos espaços laborais é prioridade da área de Segurança e Saúde no Trabalho no momento: “a implantação de medidas e protocolos de saúde é extremamente necessária, principalmente neste momento de enfrentamento à pandemia e deverá ser mantida em qualquer momento, para qualquer cenário”, explica Juliana Cipriani Presiazniuk, coordenadora de Segurança e Saúde para a Indústria do Sistema Fiep.
Ainda que as novas políticas internas de SST sejam adaptadas às particularidades de cada negócio, há leis e decretos em constante atualização. As regras determinadas pelos órgãos governamentais devem ser seguidas à risca. É aí que surgem muitas dúvidas. Para auxiliar as indústrias nessa adaptação, o Sistema Fiep, por meio do Sesi no Paraná, criou o Programa Sesi de Prevenção e Orientação à COVID-19. A instituição está atendendo as empresas com ações de treinamento, consultorias, execução de planos de contenção, realização de testes para a detecção da COVID-19 e monitoramento da saúde dos trabalhadores.
Prevenção e informação
A conscientização dos trabalhadores é uma ferramenta importante para a retomada segura das atividades. As campanhas do Sesi também buscam tornar as informações acessíveis a todos os empregados. “Para desempenhar as suas funções assegurando a sua saúde e a de seus colegas, os colaboradores devem ser orientados e contar com toda a infraestrutura necessária”, complementa Juliana.
Na Pipoteca, indústria alimentícia que fica em Curitiba, as medidas de prevenção como limpeza constante, distanciamento entre funcionários e uso do álcool em gel foram complementadas. A empresa realizou a testagem dos 70 trabalhadores por duas vezes em parceria com o Sesi. “O resultado do teste é rápido e nos traz ainda mais segurança, pois estamos lidando com um inimigo invisível. Muitas pessoas são assintomáticas, o que pode expor nossa equipe a riscos. Nossa maior preocupação é que os nossos funcionários fiquem bem e que possamos continuar as nossas atividades de forma segura”, comenta Alcione dos Santos, diretor comercial da empresa.
Desafios
Adaptar espaços, disponibilizar estações para higienização das mãos e monitorar constantemente a saúde dos colaboradores são apenas alguns dos desafios da indústria paranaense diante da pandemia. Juliana alerta que é preciso ficar atento às disposições legais: “atender legalmente todas as imposições feitas pelos órgãos fiscalizadores e garantir que seus espaços estejam seguros para a manutenção do funcionamento de suas atividades não é tarefa fácil para as indústrias. A Portaria Conjunta SEPRT/MS/MAPA nº 19, de 18/06/2020, estabelece outras medidas para prevenção, controle e mitigação dos riscos de transmissão. Entre elas, as regras de afastamento para trabalhadores com suspeita ou confirmação de contágio, atenção especial a membros do grupo de risco, uso de divisórias de proteção e escalonamento da operação.
Para a coordenadora de Segurança e Saúde para a Indústria do Sistema Fiep, os benefícios percebidos pelas indústrias vão além de uma retomada segura do trabalho. “Investir em saúde, segurança e no bem-estar dos trabalhadores traz retorno positivo a todos. Aumenta a produtividade e eleva o nível de satisfação do trabalhador. Investir em gestão de SST é uma tendência, é essencial para aumentar os resultados para a empresa”, conclui.
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By Fred Souza

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