Presa por suspeita de tráfico de drogas é investigada por sumiço de casal em Goioerê, diz polícia


Há 30 dias famílias de Kawany Cleve e de Rubens Bigueti Júnior não têm informações sobre a localização dos dois. Polícia Civil trata o caso como dois homicídios. Casal de Goioerê está desaparecido desde 3 de agosto.
Arquivo pessoal
Uma mulher presa por suspeita de tráfico de drogas é investigada no inquérito que apura há 30 dias o desaparecimento de Kauany Cleve e Rubens Bigueti Júnior, em Goioerê, no noroeste do Paraná.
A polícia acredita que ela tem evolvimento no sumiço dos jovens, e um mandado de prisão temporária contra a suspeita foi cumprido dentro da cadeia da cidade.
Após o desaparecimento, o filho do casal, de quatro meses, foi encontrado na rua e entregue para a avó.
As famílias de Kauany e Rubens esperam por informações e convivem com a espera pelo avanço das investigações e tristeza de não ter os dois presentes. “Estamos todos arrasados, estou perdendo a fé. Acho que a minha vida nunca mais será a mesma”, diz a mãe de Kauany, Leia Grejamin
“O mais difícil está sendo a ausência dele. Não temos mais esperança de encontrá-lo com vida, mas gostaríamos de encontrar o corpo para terminar com essa espera”, lamentou a irmã de Rubens, Alexandra Aparecida Bigueti.
Um dia depois do desaparecimento, a polícia encontrou o carro de Kauany e Rubens queimado na área rural de Goioerê.
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RPC/Reprodução
Prisão de suspeita
Ao longo deste mês, a Polícia Civil ouviu mais de dez pessoas, analisou imagens de câmeras de segurança e dados de celulares apreendidos.
Na terça-feira (1°), foi cumprido um mandado de prisão temporária contra uma mulher suspeita de envolvimento no caso. Ela está presa na cadeia de Goioerê desde o dia 12 agosto por envolvimento com tráfico de drogas.
“Temos várias provas que vinculam essa mulher ao crime, ela contribuiu para a empreitada criminosa. Pretendemos ouvir a suspeita nos próximos dias e identificar os demais envolvidos em 30 dias”, explicou o delegado Adailton Ribeiro Júnior.
A Polícia Civil não revela mais nenhum detalhe para não atrapalhar as investigações. O delegado descarta a possibilidade de sequestro e trata o caso como dois homicídios.
“Nesse período não houve pedido de resgate, algum contato ou movimentação financeira nas contas do casal. Descartamos a possibilidade de eles terem fugido e deixado o bebê. Sequestro não é a nossa linha de investigação. Acredito que vamos encontrar os autores antes do que os corpos”, afirmou o delegado.
A mulher que foi presa era vizinha do casal e, segundo a família, era amiga de Kauany até pouco tempo atrás.
Leia Grejamin relata que a filha chegou a ser ameaçada pela investigada.
“A minha filha reclamava que essa menina dava em cima do Rubinho, que queria ser a Kauany. No domingo, antes dos dois desaparecerem, essa mulher ameaçou a minha filha. Achei que era uma discussão boba, rixa por causa do marido”, contou Leia.
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RPC/Reprodução
Buscas
Em meio a tantas incertezas, Leia tem se dedicado ao neto e a buscas diárias na região na esperança de encontrar alguma pista. Até um helicóptero foi alugado por algumas horas para tentar ver do alto algo que passou despercebido pelas buscas terrestres.
“A Kauany era alegria, era quem animava a família, era apaixonada pelo filho. É uma questão de honra encontrar a minha filha”, finalizou.
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By Fred Souza

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