PGR pede ao STJ prisão preventiva de empresário alvo de operação que afastou Witzel

Segundo a Procuradoria, José Carlos de Melo teria liderado um dos grupos do esquema de desvio de recursos no governo do Rio. Ele está em prisão temporária, que tem prazo de cinco. A Procuradoria-Geral da República pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que decrete a prisão preventiva de José Carlos de Melo, um dos investigados na operação que levou ao afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).
Segundo a Procuradoria, o empresário teria liderado um dos grupos do esquema de desvio de recursos no governo do Rio, que teria maior poderio financeiro e viabilizava operações de lavagem de dinheiro.
Ele esta preso em prisão temporária, que tem prazo de cinco dias renováveis pelo mesmo período. A preventiva não tem limite.
A medida será analisada pelo relator do caso, Benedito Gonçalves.
Superintendente da PF fala sobre operação que afastou Wilson Witzel do governo do RJ
A PGR diz que o Grupo 3 de influência no esquema de Wilson Witzel é comandado pelo empresário José Carlos de Melo, que é dono da Unig, uma universidade em Nova Iguaçu.
Segundo a delação de Edmar Santos, José Carlos transita entre os grupos de poder comandados por Mário Peixoto e Pastor Everaldo.
A posição de destaque dele se deve, principalmente, de seu “expressivo poder econômico”, ou seja, ele tinha facilidade em fornecer dinheiro vivo para as transações do grupo.
“Apesar de empresário influente, José Carlos de Melo não consta formalmente como sócio de empresas que contratam diretamente com o Poder Público, sendo responsável por atuar nos bastidores, fazendo a intermediação para a contratação pelo Estado do Rio de Janeiro de empresas sobre as quais detém domínio de fato”, diz o MPF.
As empresas de José Carlos não tinham contratos diretos com o governo do Rio de Janeiro, mas ele atuava como intermediário de outras empresas que conseguiam contratos com a administração pública e recebia valores por essa “ponte”.
Segundo Edmar Santos, José Carlos afirmou que pagava uma mesada de R$ 150 mil ao secretário de Ciência e Tecnologia do estado, Leonardo Rodrigues.

By Fred Souza

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