PF intima Moro a depor como testemunha em inquérito no STF sobre atos antidemocráticos

Informação foi divulgada pela defesa de Moro; apuração tramita em segredo de Justiça. Ex-ministro deve ser ouvido em Curitiba no começo de outubro. A Polícia Federal intimou nesta sexta-feira (18) o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro a depor no inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a organização e o financiamento de atos antidemocráticos.
A informação foi divulgada pelo próprio advogado de Moro, Rodrigo Sánchez Rios. O inquérito no STF, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, tramita em segredo de Justiça.
“A oitiva é motivada em razão de ele ter ocupado, à época dos fatos, a titularidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública”, diz a nota divulgada pela defesa.
Segundo Rios, o depoimento deve ocorrer no próximo dia 2 de outubro, na superintendência da Polícia Federal em Curitiba. Sergio Moro será ouvido como testemunha, diz o advogado.
Alexandre de Moraes vê indícios de associação criminosa em atos antidemocráticos
O inquérito foi aberto em abril por decisão de Alexandre de Moraes, que atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Augusto Aras.
O pedido de investigação foi apresentado por Aras após atos que defenderem o fechamento do Congresso Nacional e do STF, pautas antidemocráticas e inconstitucionais.
Outros depoimentos
Na última semana, também foram intimados a depor no inquérito como testemunhas o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente Jair Bolsonaro.
Ouvido nesta quinta (17), Carlos Bolsonaro negou que tenha produzido ou repassado conteúdo que impulsionasse atos antidemocráticos contra o STF e o Congresso Nacional.
O vereador também afirmou que não participa da política de comunicação do governo federal, mas admitiu que tem relação com as contas do pai.
Em depoimento na Polícia Federal, Carlos Bolsonaro admite uso das redes do pai e nega robô

By Fred Souza

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