Paraná é o segundo estado brasileiro com melhor índice de segurança alimentar, diz IBGE


Pesquisa, divulgada nesta quinta-feira (17), revela que 77,5% das famílias do estado possuem garantias do que comer, enquanto quase 250 mil paranaenses passam fome. Paraná é o segundo estado brasileiro com melhor índice de segurança alimentar
O Paraná é o segundo estado com a melhor situação de segurança alimentar do Brasil, de acordo com dados divulgados, nesta quinta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os números apontam que 77,5% das famílias que vivem no estado possuem garantias do que comer. Por outro lado, há 22,5% das famílias em insegurança alimentar.
Entre o percentual que não possui garantias de que terão alimentação, a pesquisa mostra que 2,2% chegam a passar fome, o que representa quase 250 mil paranaenses.
Para a família da dona de casa Rosângela de Oliveira, de Curitiba, muitas vezes, a realidade convive com a incerteza sobre o que vão comer no dia seguinte.
“Faz muito tempo que eu não sei o que é fazer uma compra. Aqui em casa, pelo menos, é arroz, feijão e ovo. Às vezes, quando dá para comprar ovo, né?!”, conta Rosângela.
No Brasil, de acordo com a pesquisa, em cinco anos, aumentou em cerca de 3 milhões o número de pessoas sem acesso regular à alimentação básica. São, pelo menos, cerca de 10,3 milhões o contingente nesta situação.
De acordo com a pesquisa, o estado que obteve maior índice de segurança alimentar foi Santa Catarina, com 86,5%.
Fome no Brasil: em 5 anos, cresce em 3 milhões o número de pessoas em situação de insegurança alimentar grave, diz IBGE
A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) considerou entrevistas feitas com as famílias entre junho de 2017 e junho de 2018.
Pesquisa do IBGE apontou que 77,5% das famílias paranaenses possuem segurança alimentar
Reprodução/RPC
O IBGE classifica a insegurança alimentar em três níveis – leve, moderada e grave – da seguinte maneira:
Insegurança alimentar leve: há preocupação ou incerteza quanto acesso aos alimentos no futuro, além de queda na qualidade adequada dos alimentos resultante de estratégias que visam não comprometer a quantidade de alimentação consumida.
Insegurança alimentar moderada: há redução quantitativa no consumo de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação.
Insegurança alimentar grave: há redução quantitativa de alimentos também entre as crianças, ou seja, ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio. Nessa situação, a fome passa a ser uma experiência vivida no lar.
Pesquisa do IBGE aponta que Paraná possui 22,5% das famílias em insegurança alimentar
Reprodução/RPC
A região sul, conforme a pesquisa, apresentou a melhor situação do país. Os números de 2017 e 2018 melhoraram em relação à 2004, mas pioraram, se comparados aos dados de 2009 e 2013.
Em 2013, 14,9% das pessoas viviam em insegurança alimentar. De lá para cá, o aumento de pessoas que relataram dificuldades para colocar comida na mesa foi de quase 6%, e a segurança alimentar também diminuiu nos percentuais da região.
Região sul do Brasil apresentou redução do percentual de segurança alimentar, segundo pesquisa do IBGE
Reprodução/RPC
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By Fred Souza

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