Oi aceita proposta de Vivo, TIM e Claro pela operação móvel


Assembleia Geral de Credores foi convocada para esta terça-feira para deliberar sobre próximos passos de recuperação judicial da operadora. Logo da Oi visto em loja de São Paulo
Paulo Whitaker/Reuters
A Oi, que está em recuperação judicial, informou que aceitou a proposta vinculante revisada apresentada em conjunto pela Companhia e Telefônica Brasil (Vivo), TIM e Claro pela operação de telefonia móvel da operadora.
Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na noite de segunda-feira (7), a Oi informou que, de acordo com a proposta de compromisso firme de compra, as proponentes comprometeram-se a adquirir a UPI Ativos Móveis, caso sejam vencedoras de processo competitivo, pelo valor de R$ 16,5 bilhões.
A Oi está em recuperação judicial desde 2016 e uma assembleia de credores está marcada para esta terça-feira (8) para deliberar sobre os próximos passos da operadora e venda dos ativos de telefonia móvel.
Do valor total de R$ 16,5 bilhões da oferta feita pela Claro, Tim e Vivo, R$ 756 milhões referem-se a serviços de transição a serem prestados por até 12 meses pela Oi às proponentes, acrescido do compromisso de celebração de contratos de longo prazo de prestação de serviços de capacidade de transmissão junto à Oi, cujo valor presente líquido é de R$ 819 milhões.
Segundo informou a Oi, as proponentes serão qualificadas para participarem do processo competitivo de alienação da UPI Ativos Móveis na condição de “stalking horse”. Com isso, o consórcio formado pela Claro, Vivo e Tim terá o direito de, a seu exclusivo critério, cobrir a oferta de maior valor que seja eventualmente apresentada na disputa, desde que a nova oferta seja no mínimo 1% superior a da melhor oferta.
A oferta da Tim, Vivo e Claro foi anunciada em julho. Na ocasião, as empresas ofertantes não divulgaram a participação de cada uma no consórcio. Segundo a proposta, caso a operação seja concluída, cada uma (Oi, Vivo e TIM) receberá uma parcela do negócio.
A Oi também recebeu proposta pelas operações móveis da Highline do Brasil, por meio do Bank of America.
A Oi estabeleceu um preço mínimo de R$ 15 bilhões pelos seus ativos móveis. A empresa quer usar os rendimentos da venda para financiar o crescimento da sua banda larga de fibra ótica e pagar dívidas, para sair da recuperação judicial.
Veja vídeos: últimas notícias de economia

By Fred Souza

Veja Também