Oferta de alimentos na China terá lacuna de 130 milhões de toneladas em 2025


Produção insuficiente será provocada pela diminuição da população rural e dificuldade de agricultores para aumentar lucro, diz Instituto de Desenvolvimento Rural da Academia de Ciências Sociais da China. Homem usa máscara em supermercado em Pequim, na China, neste domingo (26)
Carlos Garcia Rawlins/Reuters
A China deverá atingir uma lacuna de cerca de 130 milhões de toneladas na oferta de alimentos até o final de 2025, à medida que a população urbana segue aumentando e a mão de obra rural envelhece, disse a imprensa estatal nesta segunda-feira, citando o relatório de um think tank governamental.
Com a população rural diminuindo e os agricultores enfrentando dificuldades para aumentar seus lucros, Pequim deve tratar a segurança alimentar como uma grande prioridade, segundo o Instituto de Desenvolvimento Rural da Academia de Ciências Sociais da China.
Dentro de cinco anos, a proporção da população que vive em áreas urbanas deve atingir 65,5% do total da China, ante 60,6% ao final do ano passado, com cerca de 80 milhões de habitantes rurais se mudando para as cidades.
Ao mesmo tempo, a proporção de habitantes rurais com 60 anos ou mais deve chegar a 25,3%, versus cerca de 15% no censo de 2010.
Os temores relacionados à oferta de alimentos na China voltaram ao centro das atenções neste mês, depois de o presidente Xi Jinping condenar um “vergonhoso” desperdício de alimentos, desencadeando uma onda de iniciativas empresariais e de governos locais.
A garantia da oferta de alimentos é uma importante fonte de legitimidade política para o Partido Comunista Chinês, mas o rápido crescimento populacional e as amplas taxas de industrialização e urbanização tornaram cada vez mais escassos e pressionados os recursos terrestres e hídricos do país.
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By Fred Souza

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