Número de registros de furtos e roubos de celulares cai 23% no Paraná, aponta levantamento

Polícia Militar afirma que queda de tipo de ocorrência se deve ao isolamento social adotado em virtude da pandemia de Covid-19. Paraná registra mais de 18 mil furtos e roubos de celulares no primeiro semestre
O número de registros de furtos ou roubos de celulares caiu 23% no primeiro semestre deste ano no Paraná. O índice é um reflexo do isolamento social provocado pela pandemia de Covid-19.
Levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) mostrou que, de janeiro a junho deste ano, 18.302 ocorrências de furto ou roubo de aparelhos foram registradas no estado. No mesmo período de 2019 foram 23.770.
Mesmo com a redução de casos, ainda há muitas vítimas.
É o caso da vendedora Nathalia Marchini. Ela estava saindo do trabalho, na região central de Curitiba, quando teve o celular roubado.
“O sinal estava vermelho e eu esperei para atravessar. Assim que abriu, vi um rapaz vindo de bicicleta e esperei ele passar. Ao invés dele passar, ele parou, me abordou com uma das mãos dentro do bolso e a primeira coisa que entreguei foi o celular. Ele se contentou e foi embora”, contou.
Outra vítima, que preferiu não se identificar, foi alvo de um casal. No caso dela, o crime ocorreu dentro de um shopping de Curitiba.
“Uma das pessoas perguntou se passava no crédito, se parcelava, me enrolou. Depois disso, os dois foram embora. Continuei trabalhando e só fui notar que eles tinham levado o meu celular uma hora depois”, disse.
“Não fui a única que tive o celular roubado. Os seguranças do shopping falaram que esse casal estava praticando esse tipo de assalto ali há algum tempo”, concluiu.
Como prevenir
O especialista em segurança Roberson Bondaruck diz que há maneiras de se proteger e evitar ser alvo de criminosos.
“No caso das mulheres, se está desacompanhada e, principalmente, quando for fazer o uso de celular, a recomendação é entrar em uma loja ou farmácia, em um lugar com a mínima cobertura. Se transitar enquanto estiver falando ao celular, o criminoso pode aproveitar isso para efetuar o roubo”, detalhou o especialista.
Bondaruck recomenda que mulheres grávidas, pessoas idosas ou crianças não utilizem celulares em vias públicas. “Essas são as vítimas mais vulneráveis”, pontuou.
Depois de ser assaltada, Nathalia mudou os hábitos.
“Fiquei um pouco medrosa, só ando com o celular dentro da bolsa, deixei de andar com o aparelho na mão. Foi um aprendizado”, afirmou a vendedora.
Balanço
A Polícia Militar analisa os números e concluiu que a redução da circulação de pessoas, em virtude do isolamento social, ajudou a evitar esse tipo de crime e também permitiu que as equipes realizassem patrulhamento mais intensivo nos municípios.
“Com menor número de ocorrências, a Polícia Militar pode realizar mais patrulhamento preventivo. O isolamento social contribuiu para que as festas fossem realizadas em locais fechados, o que favoreceu na redução deste tipo de ocorrência também”, disse o capitão da Polícia Militar, Fábio Barros.
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By Fred Souza

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