Líder do governo defende reconstruir pontes no Senado para garantir novas vitórias

De olho nas próximas votações, o líder do governo no Congresso Nacional, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), vai defender junto ao presidente Jair Bolsonaro um trabalho de “reconstrução de pontes” com senadores que votaram pela derrubada do veto a reajuste de servidores públicos.
“O momento é de olhar para a frente, e não para trás, reconstruir pontes com quem teve dificuldades de votar com o governo e entender o momento. Temos muitas votações importantes pela frente e precisamos fortalecer a base do presidente Jair Bolsonaro na Câmara e no Senado”, afirmou o líder.
Depois da derrota do governo no Senado, por uma diferença de apenas dois votos, assessores presidenciais passaram a fazer duras críticas à Casa e aos senadores governistas que votaram contra o presidente e foram classificados como traidores.
As críticas geraram um clima de rebelião no Senado. Um grupo de senadores passou a defender a convocação do ministro da Economia, Paulo Guedes, para que ele explique seus ataques.
Guedes disse que a Casa tinha praticado um “crime” contra o país ao derrubar o veto do presidente. Negociações transformaram a convocação em um convite.
Senadores que votaram contra o governo reclamaram que têm votado sempre com o Palácio do Planalto. E que, no caso do veto a reajustes, o próprio presidente teria manifestado posições dúbias sobre o tema antes da votação, defendendo a manutenção do veto só depois da derrota no Senado.
“Vamos conversar, nos entender, ninguém reforma o país sem brigar para depois se entender”, acrescentou o líder do governo, contrário a retaliações contra os senadores classificados por assessores presidenciais como traidores.
O líder do governo lembra que o Palácio do Planalto terá votações importantes pela frente, como o do veto à prorrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia até o final do ano que vem.
Hoje, a disposição tanto na Câmara como no Senado é pela derrubada do veto.
Eduardo Gomes lembra também que o governo enviará projetos como o da prorrogação do auxílio emergencial e o da criação do programa Renda Brasil. “São projetos cruciais para o país, e o governo precisa ter uma base sólida para aprovar essas medidas”, concluiu o senador.
Na Câmara dos Deputados, a avaliação é que o resultado da votação desta quinta-feira (20), que reverteu a decisão do Senado e manteve o veto presidencial a reajuste de servidores, mostra que o trabalho de aproximação do presidente Bolsonaro de partidos do centrão deu certo.
Além disso, foi classificada de fundamental a participação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que participou ativamente das articulações pela manutenção do veto.
“O Rodrigo mostrou que, em temas de interesse do país, ele ajuda e muito o governo. Ele ganhou pontos com o presidente”, analisa um assessor presidencial.
Câmara mantém veto do governo impedindo o reajuste de salário dos servidores

By Fred Souza

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