Homem preso por jogar água fervendo em mulher vira réu por tentativa de feminicídio

Mecânico de 43 anos está preso desde o dia 19 de setembro quando feriu a esposa. Na época, homem ficou surpreso ao ser informado pelo delegado que ficaria preso. Vítima recebeu alta de hospital há uma semana. Suspeito de jogar água fervendo em mulher vira réu por tentativa de feminicídio
O homem que foi preso depois de jogar água fervendo na mulher durante uma briga em Floresta, no norte do Paraná, responderá ao processo por tentativa de feminicídio. A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR) na terça-feira (13).
O mecânico Rogério Cleverson Tessedor, de 43 anos, está preso desde 19 de setembro.
A mulher, que tem 51 anos, sofreu queimaduras de segundo grau em várias partes do corpo. No dia da agressão foi atendida no hospital de Floresta e depois foi transferida para o Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário de Londrina. Ela recebeu alta médica há uma semana, ainda segundo o hospital .
O caso
Segundo a Polícia Civil, a vítima contou que estava cozinhando macarrão quando o marido chegou transtornado em casa. O homem começou a briga ao dizer que o cachorro da família fugiu porque a mulher deixou o portão da casa aberto.
A mulher relatou que depois disso o companheiro pegou a panela que estava em cima do fogão e jogou contra ela.
Ao ser preso em flagrante, o mecânico ficou surpreso com a decisão. Em depoimento à Polícia Civil, o acusado negou a versão contada pela mulher.
Denúncia
Na denúncia, o promotor José Aparecido Cemensati apontou que o suspeito “cometeu o crime contra a vida com emprego de meio cruel, eis que o contato de substância em elevadíssima temperatura com a pele causou intensa dor e sofrimento à vítima”.
A denúncia foi aceita pelo juiz Rafael Altoé, da 1ª Vara Criminal de Maringá. Conforme a decisão, o mecânico passa ser réu pelas acusações de tentativa de feminicídio, com dois agravantes: uso de meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
O advogado José Carlos Ragiotto, que defende Tessedor, disse discordar da decisão. “Nada justifica dizer que houve uma tentativa de homicídio com essa conduta”.
Suspeito de agredir mulher em Floresta está preso há quase um mês
Reprodução/RPC
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