Corpos são trocados em hospital de Foz do Iguaçu, e Polícia Civil investiga o caso


Confusão só foi descoberta quando a funerária chegou ao hospital na manhã de quinta-feira (17) para pegar o corpo da mulher e não o encontrou. Corpos são trocados em hospital de Foz do Iguaçu
O corpo de uma mulher que morreu no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, foi enterrado no lugar de um idoso, que morreu na mesma instituição.
A confusão só foi descoberta quando a funerária, que é do Paraguai, chegou ao hospital na manhã de quinta-feira (17) para pegar o corpo da mulher e não o encontrou.
De acordo com a família, Maria Rosa de Carvalho, de 61 anos, morreu na noite de quarta-feira (16).
A suspeita da família é de que o corpo tenha sido trocado no hospital, já que Márcio Batista de Carvalho – sobrinho de Maria Rosa – foi informado que o corpo dela teria saído do necrotério supostamente no lugar de um homem de 78 anos, que foi enterrado no Cemitério Jardim São Paulo.
Investigação
O procurador jurídico do município de Foz do Iguaçu, Osli Machado, confirmou que houve a troca de corpos e que recebeu essa informação na noite de quinta-feira.
Ele disse que foi aberta uma investigação da Polícia Civil para apurar o caso e identificar o responsável.
Maria Rosa tinha 61 anos
Reprodução/RPC
O procurador também informou que, nesta sexta (18), o Hospital Municipal de Foz do Iguaçu vai encaminhar à Justiça um pedido para que o corpo seja retirado da cova e a troca seja desfeita.
Maria Rosa era brasileira e estava internada desde domingo (13). O sobrinho contou que ela tinha problemas respiratórios crônicos e passou mal no fim de semana.
A família decidiu enterrar o corpo de Maria Rosa no município de Santa Rita, no Paraguai, porque a maioria dos filhos dela mora lá. Santa Rita fica a cerca de 73 km de distância da fronteira.
O local do velório de Maria Rosa já estava organizado. Para a filha, Daiana de Carvalho, essa situação é desoladora.
O que diz a funerária que enterrou o corpo?
A Funerária Nossa Senhora do Rocio, de Foz do Iguaçu, informou que foi chamada para recolher o corpo de um homem no hospital. O funcionário da funerária solicitou o acesso ao necrotério e, no local, havia apenas um corpo que estava sem identificação.
A funerária ressaltou que em momento nenhum o funcionário da empresa foi acompanhado por algum representante do hospital e que fez o sepultamento acreditando que se tratava do corpo correto, respeitando os protocolos necessários nesse momento da pandemia do novo coronavírus.
O Hospital Municipal Padre Germano Lauck lamentou o ocorrido e disse que cumpriu o protocolo de prevenção da Covid-19 no manejo e identificação dos corpos.
Ainda segundo a instituição, a Diretoria Executiva procurou a Polícia Civil para que um inquérito fosse aberto para apurar o caso.
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By Fred Souza

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