Cooperativas e empresários mantêm mais de 60 moinhos para produção de farinha de trigo no Paraná


Estado é considerado um dos maiores produtores do grão e da farinha no país; especialistas comentam sobre o controle de qualidade do produto fabricado em terras paranaenses. Cooperativas se uniram para compra de moinho nos Campos Gerais do Paraná
Grupos empresariais e cooperativas do Paraná mantêm mais de 60 moinhos para produção de farinha de trigo no estado, que é considerado um dos maiores produtores do país.
Viviane Prado, especialista em gastronomia artesanal, conta que a culinária pode resgatar e valorizar o a farinha na produção de pães e diversos outros alimentos no cardápio.
“O trigo é a base dos nossos pratos. Para os pães, uso a premium, crocância e leveza. Na focaccia também. É o que traz leveza para o produto”, diz.
Dependendo da massa, a especialista escolhe a farinha branca comum ou então a integral. Uma escolha que faz diferença, segundo ela.
Em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, três cooperativas se uniram para implantar um moinho que funciona desde 2015.
O grão vem dos cooperados e é beneficiado no município, ou seja, toda a riqueza e os impostos ficam na cidade. Na linha de produção, a capacidade é de processar 450 toneladas ao dia. Produto que sai pronto para abastecer indústrias e também o setor de varejo.
“Uma farinha tradicional faz qualquer produto, mas você percebe a diferença no produto final, se não usar a farinha ideal para aquele segmento”, argumenta Cleonir Vitorio, coordenador de negócios do moinho de trigo.
Cooperativas se uniram para compra de moinho nos Campos Gerais do Paraná
Reprodução/RPC
Nos moinhos os cooperados produzem 25 tipos de farinhas de trigo. Para extrair as variações de farinha, o trigo trazido do campo passa por um laboratório que fica dentro do moinho.
Após todas impurezas serem retiradas, um conjunto de análises aponta para qual produto o trigo deve ser direcionado, de acordo com o melhoramento dele.
Em seguida, as máquinas, de tecnologia italiana, fazem todo o trabalho pesado.
“Aí é só moer e peneirar repetidamente, até extrair as farinhas desejadas. Mas antes de ir para o mercado final, calma, porque tem mais uma prova, também feita em laboratório: é a simulação”, explica o supervisor do moinho, Gilberto Machado.
“O pão precisa ter bom volume, ser crocante, dourado”, complementa o supervisor de pesquisa e desenvolvimento do moinho, Rafael Jaremtchuk.
Somente depois de passar por um controle rigoroso de qualidade, o lote é finalmente liberado. “É primordial acompanhar o processo”, diz Viviane Cristina Vivian Kochinski, supervisora do laboratório.
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By Fred Souza

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