Projeto é resposta às restrições dos EUA e pede para que empresas de tecnologia não deixem brechas para obtenção ilegal de dados. Ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, lançou diretrizes de segurança de dados.
AP/Michael Sohn
A China anunciou uma iniciativa nesta terça-feira (8) para definir padrões globais de segurança de dados, na tentativa de rebater os esforços dos EUA para persuadir países a isolarem suas redes da tecnologia chinesa.
Sob sua “Iniciativa Global sobre Segurança de Dados”, a China pede que empresas de tecnologia não instalem recursos para obter ilegalmente dados, controlar ou manipular sistemas e dispositivos dos usuários, de acordo com a Reuters.
O projeto solicita que participantes respeitem a soberania, jurisdição e direitos de controle de dados de outros países, além de se oporem à “vigilância em massa contra outros Estados”.
A China não detalhou a natureza da iniciativa, nem disse se outros países já se juntaram ao projeto.
“Alguns países individuais estão agressivamente perseguindo o unilateralismo, manchando a imagem de outros países sob o pretexto de ‘limpeza’, e conduzindo caças globais em empresas líderes de outros países sob o pretexto da segurança”, disse Wang Yi, segundo a Reuters.
A China controla e censura a sua internet, restringindo o acesso a serviços de empresas americanas como o Twitter, Facebook e Google.
O anúncio, realizado pelo ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, acontece um mês depois de os Estados Unidos anunciarem a iniciativa de “Rede Limpa” para excluir empresas de tecnologia chinesas percebidas como “não confiáveis”.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aumentou nos últimos meses restrições às empresas chinesas, citando preocupações com a segurança nacional.
Trump já emitiu ordens que proíbem negociações de empresas americanas com a gigante chinesa de telecomunicações Huawei e prometeu banir o TikTok, da desenvolvedora ByteDance, caso o app não seja vendido.
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