Cerca de 90 mil alunos da rede estadual do Paraná correm risco de evasão durante pandemia, diz Seed


De acordo com a Secretaria de Educação, 9,75% dos estudantes estão há mais de 20 dias sem entregar atividades. Estado está há quase seis meses sem aulas presenciais. Aulas presenciais foram suspensas em 20 de março pelo Governo do Paraná
Reprodução/RPC
Cerca de 90 mil alunos da rede estadual correm risco de evasão escolar durante a pandemia, segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seed) do Paraná.
De acordo com dados da secretaria, 9,75% dos cerca de 1 milhão de estudantes estão sem entregar atividades há mais de 20 dias.
As aulas presenciais no estado estão suspensas desde março, e, desde abril, as atividades devem ser entregues pela internet e em materiais impressos retirados nas escolas.
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“Os alunos estão ha quase seis meses sem aulas, e muitos pais estão saindo para o trabalho, então essa disciplina fica muito difícil. São alunos que podem estar se cansando e, sem o acompanhamento da família, nem todos tem a autodisciplina necessária”, afirmou o secretário Renato Feder.
Segundo o secretária, os pais de alunos que têm o aplicativo do Aula Paraná no celular recebem as informações de participação e desempenho dos filhos nas aulas.
Desde abril, alunos fazem atividades impressas e por aplicativo de celular
SEED/Divulgação
De acordo com a secretaria, os pais dos alunos serão alertados do risco de evasão por mensagens de celular e emails. Segundo Feder, dependendo do caso, o Conselho Tutelar pode ser acionado.
“Os pais podem, sim, ser acionados. Os pais são responsáveis, junto com a gente, pela educação dos filhos”.
Apesar da situação de alerta, Feder afirmou que os índices de participação no estado ainda são altos.
“Semana passada batemos um recorde de participação, com 20 milhões de lições de casa, com 80% de acerto”, afirmou o secretário.
Retorno sem data
Segundo a secretaria, não há data para retorno das atividades presenciais na rede estadual. Mesmo sem data, um protocolo de retorno foi definido pela secretaria e por um comitê formado por representantes de escolas públicas e privadas, Ministério Público, professores, pais e alunos.
O protocolo de retorno prevê que, quando os órgãos de saúde avaliarem que é possível manter atividades presenciais, os alunos sejam divididos em grupos e o retorno aconteça de maneira híbrida, com parte das atividades online e outra porção das aulas presenciais.
Quando forem às escolas, o protocolo determina que os alunos se revezem no horário dos intervalos, do recreio e nas idas ao banheiro, para evitar aglomerações, além de medidas de distanciamento e cuidados com higiene.
Retorno de atividades extracurriculares
Em Curitiba, a prefeitura autorizou as atividades extracurriculares presenciais em escolas particulares. As atividades permitidas são aulas de idiomas, música e esportivas, sem contato, por exemplo.
As escolas devem seguir regras estabelecidas pela prefeitura para as aulas extracurriculares, como uso de máscaras ao longo de toda a atividade, separação dos alunos em pequenos grupos e acompanhamento constante do estado de saúde dos alunos.
Antes do retorno dos alunos às escolas para estas atividades, o Sindicato das Escolas Particulares do Paraná (Sinepe-PR) orienta que os pais para entender as medidas de segurança tomadas e assinem um termo garantindo que as crianças não tiveram sintomas da Covid-19 nos últimos 14 dias.
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By Fred Souza

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