Após quatro meses de queda, setor de serviços cresce 5% em junho

O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 5% em junho, na comparação com maio, interrompendo uma sequência 4 taxas mensais negativas, quando havia acumulado uma perda de 19,5%, segundo divulgou nesta quinta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo com a inversão de rota, o volume de serviços no país ainda segue 14,5% abaixo do patamar registrado em fevereiro, pré-pandemia de coronavírus.
Na comparação com junho de 2019, o setor registrou queda de 12,1%.
Impactos da pandemia e perspectivas
Depois do forte tombo em março e abril, em meio às medidas de isolamento social para contenção da pandemia de Covid-19, a economia tem mostrado sinais de recuperação, mas a reação tem se mostrado mais rápida nas vendas no varejo e na produção industrial, enquanto o setor de serviços dá sinais de uma recuperação mais lenta.
Na véspera, o IBGE mostrou que as vendas do comércio cresceram 8% em junho, na comparação com maio, retomando o patamar pré-pandemia. Ainda assim, o varejo brasileiro acumula queda de 3,1% no ano e fechou o 2º trimestre com retração recorde de 7,8%, na comparação com os 3 meses anteriores.
Já a produção industrial cresceu 8,9% em junho, na comparação com maio. Foi a segunda alta seguida do setor, mas ainda insuficiente para eliminar a perda de 26,6% acumulada nos meses de março e abril, quando o setor atingiu o nível mais baixo já registrado no país. No 2º trimestre, a indústria teve queda de 17,5%, na comparação com os 3 primeiros meses do ano.
A pesquisa Focus mais recente do Banco Central mostra que a expectativa do mercado é de retração de 5,62% para a economia brasileira em 2020. Parte dos analistas, no entanto, avaliam que o tombo pode ficar abaixo de 5%.
Em 2019, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB cresceu 1,1%. Foi o desempenho mais fraco em três anos. Nos três primeiros meses de 2020, foi registrada uma retração de 1,5% na economia brasileira. O IBGE divulgará os dados sobre o segundo trimestre em 1º de setembro.
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By Fred Souza

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