Após dois dias de paralisação, transporte coletivo volta a funcionar em Foz do Iguaçu


Trabalhadores pedem pagamento de salários atrasados e recontratação de funcionários; suspensão temporária da greve ocorreu após avanço nas negociações com o Consórcio. Trabalhadores de ônibus estão paralisados, em Foz do Iguaçu
RPC/Reprodução
Após dois dias de paralisação, os trabalhadores do transporte público de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, voltaram a atender normalmente a população nesta quinta-feira (10).
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários (Sitrofi), a categoria decidiu suspender a greve, de forma temporária, após um avanço nas negociações com o Consórcio Sorriso durante reunião na tarde de quarta-feira (9).
Os trabalhadores cobram salários atrasados desde junho, pedem a recontratação de trabalhadores demitidos ao longo da pandemia e reivindicam a renovação do acordo coletivo de trabalho, que foi encerrado em maio.
Na segunda-feira (14), está marcada uma audiência entre a Prefeitura de Foz do Iguaçu, o Consórcio Sorriso e o sindicato.
Vans para o transporte de passageiros
Por causa da paralisação, na quarta, o Instituto de Transporte e Trânsito de Foz do Iguaçu (Foztrans) autorizou que vans de turismo e do transporte escolar transportassem os passageiros por sete dias.
Os motoristas de vans se cadastraram no Foztrans e, com a autorização, escolhiam o trajeto de uma das linhas de ônibus, podendo cobrar do passageiro uma taxa de R$ 4.
Transporte coletivo
Conforme o presidente em exercício do sindicato, Rodrigo Andrade de Souza, a greve foi a única forma de tentar que algumas das reivindicações fossem ouvidas.
Segundo o Consórcio Sorriso, composto pelas três empresas que operam o transporte público, desde o início da pandemia, o consórcio tem acumulado um prejuízo de quase 100%, pois quando os ônibus voltaram a circular, com capacidade reduzida, o número de passageiros não pagava e não paga os custos operacionais.
O consórcio informou ainda que pede um aporte de R$ 2 milhões por mês para a prefeitura para que os custos operacionais sejam cobertos. Caso contrário, prefere que a prefeitura faça uma intervenção e assuma o serviço.
Conforme o Foztrans, a prefeitura não deve valor nenhum ao consórcio e não pretende intervir neste momento.
“É muito fácil eles pedirem a intervenção, a gente assumir a intervenção e a gente ficar pagando todo prejuízo, fora as dívidas passadas do consórcio. Não vislumbro interesse público nisso, em um município que já tem os cofres com poucos recursos, ter que combater a pandemia e ainda ter que atrair dívidas das empresas que passaram anos lucrando no município”, explicou o diretor do Foztrans, Fernando Maraninchi.
O Foztrans informou ainda que está à disposição para ajudar na mediação das negociações entre o sindicato e o consórcio.
Além disso, o instituto informou que a prefeitura realizou a compra antecipada de R$ 376 mil em vales transportes, “visando possibilitar que o Consórcio organizasse seu fluxo de caixa, para garantir o pagamento de salários e verbas trabalhistas”.
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By Fred Souza

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