Apesar de ter um tratamento eficiente, o glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível do mundo

Conheça os tratamentos e os fatores de risco da doença Apesar de causar cegueira irreversível nas pessoas, 41% das pessoas não sabem o que é glaucoma. Os dados são do trabalho inédito divulgado pela SBG (Sociedade Brasileira de Glaucoma) e pela Upjohn, divisão da farmacêutica Pfizer. Chamado de “Um olhar para o glaucoma no Brasil”, o estudo ouviu cerca de 2.700 pessoas, em diferentes regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Pernambuco.
E, afinal, o que é glaucoma? “O glaucoma é uma doença degenerativa que atinge o nervo óptico. O nervo óptico é como um “fio” que leva a imagem captada pelos nossos olhos até o cérebro. Quando esse “fio” é lesado pela doença, acaba gerando – de maneira silenciosa e progressiva – a perda gradual da visão. E, nos estágios mais avançados, causa cegueira”, conta Rodrigo Omoto (CRM 37757 – RQE 23001), oftalmologista especialista em tratamento de glaucoma.
Apesar de muito perigoso, o glaucoma pode ser facilmente detectado e tratado. Para isso, basta fazer exames anuais em um médico oftalmologista. Com o diagnóstico, são diversos tipos de tratamento, que também são indicados pelo médico:
Colírio: em geral, é o tratamento inicial e sua indicação vai depender do tipo de glaucoma e do histórico do paciente. Os colírios têm como objetivo controlar a pressão intraocular (PIO) e, consequentemente, impedir a progressão do dano causado pela doença. Além do colírio, também existem medicamentos via oral, mas estes só são recomendados em casos emergenciais.
Iridectomia: é um procedimento que faz uma pequena abertura na área periférica da íris. Seu objetivo é permitir o controle da pressão intraocular.
Antiglaucomatosa: a pressão intraocular elevada é um dos principais fatores de risco para o agravamento do glaucoma. Quando o colírio não apresenta o resultado esperado, umas das alternativas são as cirurgias antiglaucomatosas.
SLT para Glaucoma: SLT quer dizer “Selective Laser Trabeculotomy” ou “Trabeculoplastia Seletiva a Laser”. É o atual tratamento avançado a laser para o glaucoma. O SLT pode substituir os colírios, ou diminuir o número de colírios usados para controlar a doença. O procedimento é muito seguro, não invasivo e sem dor.
Vale ressaltar que não há nenhum tratamento para a cura, e todas as opções visam ao controle do glaucoma. A automedicação também deve ser descartada. Na pesquisa, 28% discordam ou não sabem sobre a necessidade de consulta médica para utilização de colírios e a Anvisa alerta que os colírios corticosteroides devem ser vendidos sob prescrição médica.
Fatores de risco para o glaucoma
Em 80% dos casos, as pessoas não percebem quando a doença se instala. Mas, existem fatores que predispõe ao risco. Entre eles estão:
Pessoas com mais de 40 anos;
Pessoas com histórico de glaucoma na família;
Pessoas de origem africana ou asiática;
Pessoas que sofreram lesões físicas no olho: um trauma grave pode causar danos ao canal de drenagem;
Outros fatores como descolamento de retina, tumores intraoculares e inflamação intraocular;
Uso de alguns medicamentos;
Condições médicas: alguns estudos indicam que o diabetes pode aumentar o risco de desenvolver glaucoma, assim como a pressão arterial elevada e algumas doenças cardíacas.
Como há um aumento do risco de glaucoma com o avançar da idade, o doutor Omoto sugere o acompanhamento, principalmente após os 50 anos. “A cegueira causada pelo glaucoma é irreversível e essa é a principal causa de cegueira irreversível em todo o mundo. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são imprescindíveis para o controle da doença e para evitar a perda visual”, finaliza o médico.
Diretor Técnico: Dr. Hamilton Moreira – CRM 9388 / RQE 2872
Apesar de ter um tratamento eficiente, o glaucoma é a maior causa de cegueira irreversível do mundo
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