Abrabar recomenda que bares e casas noturnas com dívidas fechem as portas em Curitiba


Recomendação aos empresários, divulgada nesta terça (8), cita a volta das restrições que atingem o setor previstas na bandeira laranja adotada na capital paranaense por 14 dias. Metade dos donos de bares, casas noturnas e restaurantes está endividada
A Associação Brasileira de de Bares e Casas Noturnas (Abrabar) recomendou nesta terça-feira (8) que os empresários do setor em Curitiba que estão endividados fechem as portas neste ano.
O comunicado diz que, para isso, a entidade prega a “desobediência fiscal para evitar um maior endividamento e caos financeiro nos orçamentos familiares, prezando como prioridade os salários, verbas rescisórias e normas trabalhistas”.
Na segunda-feira (7), Curitiba voltou a ter restrições da bandeira laranja para o combate ao novo coronavírus. A capital registra 31.534 casos confirmados da Covid-19 e 1.081 mortes, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa).
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O decreto da prefeitura, que tem vigência de 14 dias, determina o fechamento de bares e atividades correlatas. Conforme a Abrabar, a medida afeta a maior parte do setor.
“A Abrabar orienta seus membros associados ou não a fecharem definitivamente as suas portas para evitar um maior endividamento, pois da forma como está sendo desenhando politicamente a perseguição somente contra uma atividade econômica, reconhecemos que para muitos já está uma bola de neve de despesas que não serão superadas, muitos já demitiram e estavam aguardando uma nova sinalização para reativação com segurança jurídica de seu negócio”, diz trecho.
O comunicado afirma que os empresários não têm mais caixa para suportar a situação e cobra ajuda da prefeitura. Além de dívidas com fornecedores, aluguel e funcionários, a nota cita que “muitos estão com a luz e água cortada”.
O comunicado afirma que os empresários não têm mais caixa para suportar a situação e cobra ajuda da prefeitura
Giuliano Gomes/PR Press
A entidade disse que está prestando assistência jurídica com orientações sobre os procedimentos legais aos empresários.
“Infelizmente são medidas que ainda tentam preservar e evitar um maior desemprego dos 50 mil cidadãos que dependem direta e indiretamente do nosso setor de gastronomia e entretenimento”, afirma.
A Abrabar diz ainda que ambientes sob responsabilidade da prefeitura continuam com aglomerações ou lotados, como parques, feiras e ônibus, e que os empresários saem como “vilões da história”.
No país, um levantamento do Sebrae mostra que metade dos empresários do setor estão com dívidas em atraso. Os dados indicam também que nove a cada dez estabelecimentos tiveram queda no faturamento com a pandemia.
O que diz a prefeitura?
Em nota, a Prefeitura de Curitiba informou que para todos os setores, incluindo bares e eventos, a administração está “concedendo postergação dos impostos (IPTU e ISS) até dezembro”.
“E ainda tem parceria com o Sebrae para linhas de crédito às quais a prefeitura é avalista, através do Fundo de Aval”, diz.
O fundo, segundo a prefeitura, concede garantias aos empréstimos contraídos por empresários, postergação de créditos que o município deveria receber em impostos, taxas e outras cobranças, a ampliação de 242 para 545 atividades incluídas na lei de Liberdade Econômica.
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By Fred Souza

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